Frases de joa�o andrade neto

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151 - 175 de 432 pensamentoss de joa�o andrade neto

Amor é bicho instruído
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.

Carlos Drummond de Andrade

Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe

valendo a pena e o preço do terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.

Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.
Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade

AMAR
Amar não é sentir pena,
E nem ofertar perdão!

Amar não é confortar tristezas,
De uma vida em solidão!

Amar não é acabar com tudo,
Por uma nova paixão!

Amar não é acentuar gemidos,
Em uma louca sedução!

Amar não é dizer sempre sim,
Como prova contrária ao não!

Amar não é uma alegria incontida,
De refratar a razão!

Amar não é uma aparente hipocrisia,
Que precisa de demonstração!

Amar não é privilégio,
De um só coração!

Amar é compartilhar a eternidade,
Que Deus semeou em nossa Criação!

autor:Amar não é sentir pena,
E nem ofertar perdão!

Amar não é confortar tristezas,
De uma vida em solidão!

Amar não é acabar com tudo,
Por uma nova paixão!

Amar não é acentuar gemidos,
Em uma louca sedução!

Amar não é dizer sempre sim,
Como prova contrária ao não!

Amar não é uma alegria incontida,
De refratar a razão!

Amar não é uma aparente hipocrisia,
Que precisa de demonstração!

Amar não é privilégio,
De um só coração!

Amar é compartilhar a eternidade,
Que Deus semeou em nossa Criação!

jose britis neto

Amei-te e te amo,
Agora às escuras,
Amo-te caladinho,
No silêncio sozinha,
Solitário a amar.

Como era bom o seu beijo,
Eles me faziam sonhar.
Eu desejo,
Mas não posso não quero te amar.

Amo-te mais do que Eros,
Pater ou até mesmo Ágape.
Sim é mais-do-que-divino,
Acredite você no divino ou não.

Apesar da imensidão desse amor,
Meu coração se basta, sacia-se em coisa simples,
Como nos traços delicados, quase uma flor,
Da sua face brotando um sorriso.

Ninguém precisa saber que te amo,
Nem mesmo você,
Pois eu pratico esse amor por você da forma mais simples,
Sendo quase despercebido,
Onde só os experts no amor,
Conseguem perceber.

Sua felicidade já basta para tudo isso.
Pois nem sempre a vontade do coração,
É a correta para se querer,
Dei, pois, ouvidos à razão,
Para menos sofrer.

Quase que um brilho dos meu olhos,
Escorre por esta jovial face de quem te fala.

Mas...

Ninguém precisa saber que te amo,
Nem mesmo você.
Eu desejo,
Mas não posso não quero te amar.

Mas não sei porquê,
Não consigo ficar sem te ver.
Mas não sei porquê,
Não consigo deixar de querer.
Mas não sei porquê,
Não consigo ficar sem você.

Eu devia ter ouvido o senhor tum-tum,
Nunca vi/fiz tanta burrice,
Talvez chances eu tenha no máximo em número um,
Tamanha felicidade eu teria se eu te conseguisse.

Estou amando?
Sim eu estou,
E você sabe quem...
Um enigma:
"O homem que eu amo você conhece melhor do que ninguém.
Qual a única pessoa que você conhece melhor do que ninguém?"

Adaptado de João Renato Andrade Antunes meu irmão

Amores são comuns na nossa juventude,
porém, quando nós somos muito frágeis,
acabamos nos apegando fácilmente, e nos machucando intensamente,
as vezes é melhor deixar que a vida siga seu caminho,
e esperar a pessoa ideal para nós,
para que sejamos felizes,
sem dor,
sem sofrimento,
apenas amando.

Antônio José de Vasconcelos Neto

Ao Amor Antigo
O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
a antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

Carlos Drummond de Andrade

Aos jovens do meu país

Muito para além de mim, das minhas capacidades,
tu tens uma sabedoria que eu não tenho,
tens uma visão que eu não alcanço.

Tens as mãos macias e dóceis para mimar
tens um olhar ameno tecido de esperança
tens no coração, apenas espaço para amares.

Eu, já sou adulta,
poluí o ambiente, destruí a paisagem, roubei territórios,
conquistei estátuas e direito a ver o meu nome atribuído a uma praça...
Guardei ódios, rancores, invejas...
Mas sempre o neguei!

Eu, crescida,
extingui animais e plantas...
abracei a ciência e fiz dela o meu maior Amor.
Perdi-me na razão e na inteligência, de tanto a usar
(ou achar que sim)!
Tanto quis ser perfeita que me esqueci de ser Humana.

Criei para ti um mundo sujo, podre,
onde tudo já está gasto pelos excessos que cometi.
Eu quis dar-te tudo e, hoje, tudo quanto me pedes,
é o direito a nada teres,
precisamente porque a única coisa que sabes,
é que é o Amor que dá sentido à vida,
e não a existência tosca que herdaste do mundo que te deixei.

Se não fosses tu,
o mundo das pessoas crescidas não seria tão bonito.

Ana Neto

As academias coroam com igual zelo o talento e a ausência dele.

Carlos Drummond de Andrade

As coisas que amamos
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
de respirar a eternidade
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra maneira se tornam absoluta
numa outra (maior) realidade.
Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nos cansamos, por um outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.*
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho eterno fica esse gozo acre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar"

Carlos Drummond de Andrade

As consequencias de escolhas ridículas é a PERDA!

Sheizy Andrade

As dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do carácter.

Carlos Drummond de Andrade

As esperanças são como as estrelas: brilham, mas não trazem luz; lindas, mas ninguém as alcança.

Coelho Neto

As obras-primas devem ter sido geradas por acaso; a produção voluntária não vai além da mediocridade.

Carlos Drummond de Andrade

AOS NAMORADOS DO BRASIL


Dai-me, Senhor, assistência técnica
para eu falar aos namorados do Brasil.
Será que namorado algum escuta alguém?
Adianta falar a namorados?
E será que tenho coisas a dizer-lhes
que eles não saibam, eles que transformam
a sabedoria universal em divino esquecimento?
Adianta-lhes, Senhor, saber alguma coisa,
quando perdem os olhos
para toda paisagem ,
perdem os ouvidos
para toda melodia
e só vêem, só escutam
melodia e paisagem de sua própria fabricação?

Cegos, surdos, mudos - felizes! - são os namorados
enquanto namorados. Antes, depois
são gente como a gente, no pedestre dia-a-dia.
Mas quem foi namorado sabe que outra vez
voltará à sublime invalidez
que é signo de perfeição interior.
Namorado é o ser fora do tempo,
fora de obrigação e CPF,
ISS, IFP, PASEP,INPS.

Os códigos, desarmados, retrocedem
de sua porta, as multas envergonham-se
de alvejá-lo, as guerras, os tratados
internacionais encolhem o rabo
diante dele, em volta dele. O tempo,
afiando sem pausa a sua foice,
espera que o namorado desnamore
para sempre.
Mas nascem todo dia namorados
novos, renovados, inovantes,
e ninguém ganha ou perde essa batalha.

Pois namorar é destino dos humanos,
destino que regula
nossa dor, nossa doação, nosso inferno gozoso.
E quem vive, atenção:
cumpra sua obrigação de namorar,
sob pena de viver apenas na aparência.
De ser o seu cadáver itinerante.
De não ser. De estar, e nem estar.

O problema, Senhor, é como aprender, como exercer
a arte de namorar, que audiovisual nenhum ensina,
e vai além de toda universidade.
Quem aprendeu não ensina. Quem ensina não sabe.
E o namorado só aprende, sem sentir que aprendeu,
por obra e graça de sua namorada.

A mulher antes e depois da Bíblia
é pois enciclopédia natural
ciência infusa, inconciente, infensa a testes,
fulgurante no simples manifestar-se, chegado o momento.
Há que aprender com as mulheres
as finezas finíssimas do namoro.
O homem nasce ignorante, vive ignorante, às vezes morre
três vezes ignorante de seu coração
e da maneira de usá-lo.

Só a mulher (como explicar?)
entende certas coisas
que não são para entender. São para aspirar
como essência, ou nem assim. Elas aspiram
o segredo do mundo.

Há homens que se cansam depressa de namorar,
outros que são infiéis à namorada.
Pobre de quem não aprendeu direito,
ai de quem nunca estará maduro para aprender,
triste de quem não merecia, não merece namorar.

Pois namorar não é só juntar duas atrações
no velho estilo ou no moderno estilo,
com arrepios, murmúrios, silêncios,
caminhadas, jantares, gravações,
fins-de-semana, o carro à toda ou a 80,
lancha, piscina, dia-dos-namorados,
foto colorida, filme adoidado,,
rápido motel onde os espelhos
não guardam beijo e alma de ninguém.

Namorar é o sentido absoluto
que se esconde no gesto muito simples,
não intencional, nunca previsto,
e dá ao gesto a cor do amanhecer,
para ficar durando, perdurando,
som de cristal na concha
ou no infinito.

Namorar é além do beijo e da sintaxe,
não depende de estado ou condição.
Ser duplicado, ser complexo,
que em si mesmo se mira e se desdobra,
o namorado, a namorada
não são aquelas mesmas criaturas
que cruzamos na rua.
São outras, são estrelas remotíssimas,
fora de qualquer sistema ou situação.
A limitação terrestre, que os persegue,
tenta cobrar (inveja)
o terrível imposto de passagem:
"Depressa! Corre! Vai acabar! Vai fenecer!
Vai corromper-se tudo em flor esmigalhada
na sola dos sapatos..."
Ou senão:
"Desiste! Foge! Esquece!"
E os fracos esquecem. Os tímidos desistem.
Fogem os covardes.
Que importa? A cada hora nascem
outros namorados para a novidade
da antiga experiência.
E inauguram cada manhã
(namoramor)
o velho, velho mundo renovado.

Carlos Drummond de Andrade

As ocasiões trazem as paixões, mas sempre existe um grande amor.

Leoncio Fernandes Andrade

As palavras, expressões físicas dos pensamentos, são pequenos detalhes com os quais se poderá chegar a Deus ou mergulhar na escuridão.

Nagib Anderáos Neto

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade

As Sem-Razões do Amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.

Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.

Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.

Carlos Drummond de Andrade

Até a cor do arrependimento desbota com o tempo.

Carlos Drummond de Andrade

Até os poetas se armam, e um poeta desarmado é, mesmo, um ser à mercê de inspirações fáceis, dócil às moda e compromissos.

Carlos Drummond de Andrade

Beijo-flor

O beijo é flor no canteiro ou desejo na boca?
Tanto beijo nascendo e colhido na calma do jardim nenhum beijo beijado (como beijar o beijo?) na boca das meninas e é lá que eles estão suspensos invisíveis.

Carlos Drummond de Andrade

Bem depressa que se faz tarde na vida!


Num dia como qualquer outro,
como milhares e milhares de outros que já vivemos antes,
olhamos para o espelho ao acordar e encontramos ali um outro
um outro que nunca ousámos enfrentar antes!

Ali assim sem mais nem menos,
vindo sabe-se lá de onde,
vemos o rosto de alguém que se parece com uma árvore de Inverno
de folhas ausentes, perdidas de si,
despida de cores, de flores, de odores,
despovoada de borboletas e de aves coloridas a cantar.
E assustamo-nos! E queremos não temer!

Viajamos pelos pensamentos, pelas histórias, pelos planos,
revivemos rapidamente tudo o que empreendemos na vida que já vivemos,
parece-nos um drama, com algumas peripécias cómicas...
pintalgado aqui e ali de humor negro
pincelado de raras cenas de romance!
Ajustamo-nos um pouco mais
fechamos os olhos para não ler a nossa alma
e acreditar que fomos o que fomos...
Nós não queríamos nada daquilo!
Porque acordámos? Porque tivémos de acordar assim...indispostos?
Preferíamos ter ficado adormecidos mais uns tempos...viver isto num pesadelo....
queríamos passar o filme em frente... ou para trás....
Queríamos ser embalados por um sonho onde se herdam fortalezas e se fazem proezas...
Está o despertador a tocar!

Passámos a detestar-nos! Jogamos as mãos à cabeça
Sentamo-nos num dos tantos lugares desocupados da casa
um lugar igual à nossa alma!
Vazia!
Queremos chorar... mas não há tempo para isso!!!
Ah, se não tivéssemos que sentir este abismo da nossa desesperança...

Há que ser alegre, mesmo sem ser feliz...
falamos alto e em tom de perdição
pois não há ninguém para nos escutar.
Bastava a sombra de alguém e já não nos sentiríamos assim
com o sangue a fervilhar em veias geladas!

Faz-se tarde para construir castelos
ou até mesmo para caminhar em busca de um.
Agora, até mesmo a imagem de um chega esbranquiçada aos nossos olhos.
Parece estar nevoeiro... estará?
Deve estar... não se vê bem....

Que cansados... desgastados... de viver as ilusões de uma vida!
Há que agir depressa...bem depressa que se faz tarde!
Vamos... vamos parar o tempo por uns tempos,
vamos inventar depressa uma alma de poeta!
Vamos dizer o que sentimos a toda a gente...alguém vai parar para nos ouvir.
Há-de haver alguém que nos queira escutar....
que aprecie ouvir as nossas histórias...
que em nós vá acreditar!

Vamos... depressa cantar as melodias que sempre calámos
recitar poemas aos ouvidos de quem amámos
mesmo que nunca tenhamos amado ninguém....
fazemos de conta pelo menos!
Vamos, é a hora da coragem... do perdão...da pressa de viver....
é hora e pronto!

Os valores?... A etiqueta?... Os princípios?.... Os tabus?.... A cultura?.....
Queremos lá saber disso
o rio está a correr para o mar
já se avista a foz....
agora, só temos de remar
contra a maré... mas remar...

Os cabelos estão desarrumados?
As vestes descombinadas?
Mas que nos interessa isso agora?

Queremos mesmo é ser felizes
e bem depressa que se faz tarde.

Ana Neto

BOCA

Boca: nunca te beijarei.
Boca de outro que ris de mim,
no milímetro que nos separa,
cabem todos os abismos.

Boca: se meu desejo
é impotente para fechar-te,
bem sabes disto, zombas
de minha raiva inútil.

Boca amarga pois impossível,
doce boca (não provarei),
ris sem beijo para mim,
beijas outro com seriedade.

Carlos Drummond de Andrade

Bola de futebol...é um utensílio semivivo, / de reações próprias como bicho, / e que, como bicho, é mister / (mais que bicho, como mulher) / usar com malícia e atenção / dando aos pés astúcias de mãos.

João Cabral de Mello Neto

Cada manhã é uma oportunidade para recomeçar. Mas, se tratando de mim, não quero nem o amanhã nem recomeçar.

Lourenço Neto


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