Mensagens de boa noite romantica

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Noite

É à noite que tudo faz sentido, é à noite que os sentimentos vêm à tona e a solidão nos rouba.
Durante o dia sentimo-nos como uma fortaleza aos sentimentos. Mas é a noite que derruba toda essa muralha de bem-estar e felicidade.
É quando vemos escurecer que sentimos a solidão chegando, e junto com ela o choro e a saudade. Ela vem como punhal que crava nosso peito, fazendo nosso frágil coração sangrar até adormecermos.

Concelina Pinheiro (H.C)

Noite

Não durmo cedo
Adoro ver a noite
As estrelas bem longe piscar

Quando olho para o céu
Pareço estar bem distante
Me sinto leve...pareço voar

Já é madrugada
Estou acordada
Sentindo a leve brisa em meu rosto

Gosto do dia mais prefiro a noite
Olhar o céu brilhante
E a maravilhosa lua distante

Porque é tão bela a lua
Parece até mesmo uma jóia rara
Quando fecho os olhos pareço toca-la...

Isadora Cristina Jacob Moreira

Noite

Ó noite onde as estrelas mentem luz, ó noite, única coisa do tamanho do universo, torna-me, corpo e alma, parte do teu corpo, que eu me perca em ser mera treva e me torne noite também, sem sonhos que sejam estrelas em mim, nem sol esperado que ilumine do futuro.

Fernando Pessoa

Noite é loucura


Noite é como

Suspirando uma mãe!

Noite chora, ri e sofre.

Noite é o segredo mãe

De crianças perdidas ...

Que procuram por detrás dela

O marfim brilho.

Autor Desconhecido

Noite de Inverno

Em meu rosto,um leve sopro,
Leve pensamento,o alento...
Ora intenso,ora sereno,
Desfaz meu penteado,o vento...

Ofegante,distante,constante,
Em meu peito bate,a saudade...
És minha,nunca engana,
Faz-me deitar em tranqüilidade,a verdade...

De um lado ao outro,buscam em vão,
Meus olhos a lhe procurar,na rua...
Na noite, bela e desnuda,
Atraente e muda,a lua...

E em meu rosto, quando um leve sopro,
Trouxe um pensamento,inspirado pelo alento de ter você ao meu lado,
Como o vento que ora intenso,ora sereno,é a saudade,
Sinto tranqüilidade com a verdade de que meus olhos,não lhe buscam em vão,
Pois a noite muda e desnuda se desfaz com o alvorecer.
E por isso posso ver você,
Bela,atraente e muda,do outro lado da rua a me esperar.

Antônio Carlos Baena

Noite Escura





Entre quatro paredes

Frias e escuras

No silencio da escuridão

Sonhos que não foram realizados

Pesadelos que foram vividos

Apenas ouço gritos

Torturas terei que suportar

Espere um dia

Voltar a sonhar ...

O silencio eh o sinal

Que já não sou mais eu.

A noite eh cega

E já cansei de esperar

Esperanças ....

Acordando para viver mais uma vez.

Lyege Magalhães

Noite estranha

A solidão é a minha companhia esta noite.
Ela é tão vazia e triste...
Ela bateu em minha porta e eu abri, ela se
convidou e entrou.
Eu te esperei, mas você não apareceu, a solidão
estava por perto e então esta foi a oportunidade
perfeita para ela entrar em meu coração e fazer
parte da minha noite.
A solidão me faz lembrar dos nossos momentos juntos,
me lembro do seu carinho para comigo, de suas belas
palavras... E lembrando disso tudo acabo acordando a
saudade... Esta estava adormecida, pois, ao seu lado
eu esqueço de tudo, eu vivo somente para você, mas
você não estando ao meu lado despertou a saudade, esta
me faz companhia juntamente com a solidão.
É tudo tão estranho sem você. Você passou fazer parte
de mim, sem você eu não me sinto por inteira...
Cadê você que não esta ao meu lado esta noite?
Cadê você?
Nesta noite calma e triste eu desejo uma coisa:
- Nunca me deixe por muito tempo sozinha, não sei se
consigo permanecer em pé. Se algum dia eu vier te maguar,
que você possa me mostrar meu erro para que assim eu possa me arrepender e pedir perdão...
Que eu possa aprender a te amar, pois, por enquanto;
sómente gosto de você... Gosto de verdade...

Anne Caroline Monteiro M.

Noite insone...
Desejo de descrever o amor...
Pouso sobre a alva folha, a caneta...

Assoma-me à lembrança
Camões e Poetas de igual valor
O que haveria eu de acrescentar???

Repouso sobre a alva folha, a caneta...
Escrevo teu nome
Aguardo por tí!

Convido-te à compartilhar do amor
Contido no silêncio das palavras
Não escritas!

(IIºversão)
Humberto

Humberto

Noite tempestuosa

O céu das opacas sombras abafado,
Tornando mais medonha a noite feia,
Mugindo sobre as rochas, que salteia,
O mar em crespos montes levantado;

Desfeito em furações o vento irado;
Pelos ares zunindo a solta areia;
O pássaro nocturno que vozeia
No agoireiro ciprestes além pousado;

Formam quadro terrível, mas aceito,
Mas grato aos olhos meus, gratos à fereza
Do ciúme e saudade, a que ando afeito.

Quer no horror igualar-me a Natureza;
Porém cansa-se em vão, que no meu peito
Há mais escuridão, há mais tristeza.

Bocage

Noite...

Me chamas incessantemente.
Gritas meu nome no silêncio da tua beleza...
Sondas meus pensamentos e já tomastes conta
do meu tempo...
Tens o segredo da minha atenção.
Tens a chave do meu coração...
Fui sentenciada a viver ao teu lado pelo resto
de minha vida, declarando-me assim; culpada
por não polpar-te meus sentimentos...
Oh doce e adorável noite, como cativas-me.
Cobres me com teu véu escuro e colocas o brilho
das estrelas em meus olhos...
Vestes-me com o sonhar que só a lua tem.
Lua, sabes o penso...
Tens conhecimento de meus sentimentos e transpassa-os
da mais bela maneira.
És tú, oh serena lua; o espelho da minha alma...

Anne Caroline

Nós estamos partindo daqui esta noite
Não há motivo para contar para os outros,
eles apenas nos atrasam.
Então, pela luz do dia,
nós estaremos à meio caminho para qualquer lugar,
onde o amor é mais que apenas o seu nome.

Evanescence

Noite triste...


Marcamos um encontro...
Uma noite de amor!
A dúvida, depois a certeza,
Eu tinha que ir...
Tu eras céu claro acima de mim;
Eras profundo, eras assim como se fosses abismo de luz,
Eu não podia resistir...
Ao contemplar-te estremeci de loucos desejos.
Erguer-me à tua altitude;
Eis para a mim a profundidade.
Encobrir-me em tua masculinidade;
Eis a minha inocência.
Não falaste, teus olhos anunciaram a tua dor...
Másculo, vieste a mim, mais velado pelo teu porte do que pelo desejo.
Silêncio... Mãos frias, lábios trêmulos, revelavam um fracasso...
Adivinhei todos os sentimentos secretos de tua alma.
Vieste a mim, mas, tu ainda não tinhas chegado.
Tristeza, medo, terror; tudo naquele instante me foi comum.
As lágrimas, nessas horas, também nos são comuns.
Tentei encontrar-te...
Na fúria indomável de me sentir possuída;
Na vontade incontida de entregar-me inteiramente aos seus carinhos,
Não pude avaliar a enorme distância que nos separava.
Um pequeno ruído me fez voltar a realidade...
Um leito, dois seres...
Uma mulher magoada,
Um homem arrasado...
Algumas palavras deram vida ao cenário.
Estávamos abraçados, mas ambos possuíam as mãos vazias.
Nem sequer tentamos justificar o ocorrido.
Cansado, tu dormiste,
E os segundos foram todos meus,
No silêncio daquela Noite Triste...


Mariluci Carvalho de Souza

Mariluci Carvalho de Souza

Nós - pobres bichos indefesos

Era uma linda noite chuvosa
Outono...
Iniciou mais um ciclo
Noite de raios e trovões
Em meio ao mato
No campo
Sentados em redor da mesa...
Do centro
Estão dois grandes amigos
Os maiores vamos assim dizer
Tamanha é a compreensão
Tamanho é o conhecimento
Tamanha consideração
Entre um gole e outro
Uma tragada e outra
Olhares confundidos
Pensamentos desviados
Batalham por uma conclusão
Mas a vida não terá nunca uma conclusão
Será sempre um ciclo
Nasce, cresce, reproduz e morre
E morre tudo
E esse é o sentido de tudo também
Aí, param a pensar e pensar
Descobrem a chave de tantos mistérios
Tantos questionamentos
Meu santo bendito Jesus deus, deuses (seria bem mais interessante)
Seja lá qual for a crença
Quanto tempo falta para a unificação?
O centro de tudo mesmo
Acreditam profundamente
É o momento da união total
Homem, animal, crença, etnia
A união é igualdade
É amar independente do todo ou do resto
É trocar
É romper as barreiras
É pensar que os católicos querem a salvação
Nada que os ateus também não queiram
Salvação no sentido da libertação
Então não venham com o discurso da maçã que fulano comeu
O ser humano sempre se deturpou
E também sempre culpou um alguém
Com o fulano foi a serpente, a Eva... ??????
E com a gente é a sociedade, o governo, os políticos, o vizinho, o amigo, a família
E nós?
Pobres bichos indefesos e sempre iludidos inocentes!

Particularmente fiquei admirada quando escrevi Jesus com letra minúscula no Word e ele grifou... senhor(ele não grifou)... rsrsrsrsrs
Renata - 28/3/2007

renunes

Numa noite perdida
Pensando na vida
Pensei em você
Olhei ao redor
Senti-me tão só
E desejei te ver
Busquei suas lembranças
Nesta distância que você
Colocou entre nós
Viajei no passado
E sonhando acordado
Ouvi sua voz
Em tal nostálgia
Naquela noite vazia a me consemir
Perdi toda calma
Toturei minha alma
E não consegui durmir
O dia amanheceu
A noite transcorreu
E eu ainda te desejando
E numa noite perdida
Chorando e pensando na vida
Escrevi isto pensando em você.

Yngrid Silva de Almeida

O beijo roubado

Aquele beijo roubado em uma noite de luar foi o meu maior pecado.
Quando me fui confessar , fui obrigado me revela, contando para o vigário.
Pequei-me, confesso roubei.
Ai o padre me aliviou, vá primeiro devolver aquilo que você roubou.
Sinceramente arrependido reconheço que pequei, e hoje aqui venho devolver-lhe o beijo que outra oura roubou de você me perdoa.
Hélio Pereira Banhos

Hélio Pereira Banhos

O dia inteiro diz
E até a noite diz
Que é você
Meu bom senso, mal-juízo
Meu desejo e o que vejo
Dizem que é você
Meu outro lado esbraveja
Veja, tenho certeza
Que é você
O sol nasce e se levanta
Se deita e de todo jeito diz
Que é você
Tudo o que digo e faço
É só pra disfarçar
E eu só penso e me convenço
Que é você
Só você insiste em dizer
Que não é você

Alice Ruiz

O CHÔRO DA CHUVA...

Olho através da vidraça da janela... e vejo que a noite esta em um silêncio.
O tempo esta cinzento, triste não se vê vida,apenas as arvore que hora,
com o chegar do vento parece querer dançar para alegrar a noite.
que insiste em ficar no seu silencio ouvindo apenas o barulho da chuva.
E nessa solidão muitas recordações boas ou ruins vem nos fazer companhia.
nos deixando sensível, até mesmo sentimental.
Lembranças de amores fracassados, de amores que nos fez sofrer,
de amores que não foram sinceros. Lembranças daquele amor que juramos
ser para todo o sempre que num passe de mágica se acabou.
É como se o seu manto de lágrimas escorre-se chão abaixo e com ela,
levando nossos sonhos nossos desamores, para desaguar em um rio.
O barulho da chuva também vem nos trazer saudades... Saudade do quantos fomos
amado e do quanto amamos alguém. saudade de cada beijos,de cada carinho
de cada toque, das respirações ofegantes, dos nossos corpos em brasas.
saudades desse amor que se foi mas que ficou guardado em nossos corações.
E dai vem a tristeza... Essa tristeza que insiste em se alojar
em nossos corações, mesmo que tentamos excluí-la. Ela bate querendo entrar.
Fazendo doer nossos corações, é uma dor suportável, mas ao mesmo tempo.
sentimos como se nos faltasse algo, nos deixando um vazio dentro do peito,
vontade de se ter alguém do nosso lado. Ouvindo junto o ritmo•da chuva.
Que chora sem cessar e nos amar numa entrega total, num êxtase
de explosão, e magia misturando-se com o barulho da chuva.
até nos tornarmos uma só pessoa.
Mas estou só... Minha única companhia é a noite fria e a chuva que não
para de cessar chorando incansavelmente, chora por você, por ele, por nós
e por mim. E eu não me canso de olhar o tempo lá fora.
E como num carinho o barulho a chuva, o frio lá fora me a calma,
e o vento gelado como que se estivesse me abraçando
finalmente... Eu exânime, profundamente.
marylife

marylife

O Ciclo

A calmaria da noite agitada não me deixa dormir
São tantos conselhos internos que chego a explodir
E encontro minhas maneiras que só agora aprendi.

Ela se revelará nas noites tranqüilas
Com um diálogo bonito cheio de ternura
Que lhe tocará a alma e entregar-se-á.

"Após dois séculos diários
a demora sai de cena
e os corações se encontram.
Tadinhos! Estão cansados".

Então, sendo assim, a rosa que acalanta
Deixa seus espinhos secos
Em cima de algo que você esquecera de lembrar.

Seu coração passeou sozinho e submisso
Ele não foi capaz de retratar um rosto e guardar,
Esqueceu as poucas feições ontem à noite
Quando saiu e começou tudo de novo.

Keidy Lee Jones

O fim de quem ama

To aprendendo a viver sem você
Você que era meu amanhecer
O meu cais em noites de tempestade
O amor que eu viveria por toda eternidade.

Mas caminho só como um palhaço sem circo
Como um romântico incompreendido
Minha razão disse para não amar ninguém
Mas meu coração mandou amar alguém.

Como tudo na vida tem um fim
Nos corações ficam só as lembranças
Más ou boas como simples esperanças
Esperanças de um ser que sofre de amor sem fim.

O poeta disse que a solidão é o fim de quem ama
Então todos um dia serão solitários e sem vida
Pois viveram sempre em dolorosa partida
Em um amor que sempre os jogaram na lama.

MAX FRANÇA DA PAZ

MAX FRANÇA DA PAZ

O foco de luz


Lembro bem naquela madrugada
Quando estive fraco
A longa noite de escritas cegas
De temores e recordações
Pensei jamais superar minhas dores
Que nunca sairia do escuro quarto amedrontador.
Cochilei sentado no recanto
Quando despertei
Um reflexo de luz no finalzinho da janela.
Pensei que lá luz nunca iria penetrar
Ao ver os arredores coloridos do quarto
Descansei o preto-amarelo da abelha que partiu.
No dia seguinte a janela abriu por si
E livre as paisagem ao amanhecer do sol
Dos pássaros que cantarolavam ainda em suas gaiolas
Maravilhoso o olhar da garota meiga
Tirou do escuro o forte homem que não mais agüenta o contrate.


Quarto escuro :part 2

Macro

O morcego

Meia noite. Ao meu quarto me recolho.
Meu Deus! E este morcego! E, agora, vêde:
Na bruta ardência orgânica da sede,
Morde-me a goela ígneo e escaldante molho.

"Vou mandar levantar outra parede..."
— Digo. Ergo-me a tremer. Fecho o ferrolho
E olho o tecto. E vejo-o ainda, igual a um olho,
Circularmente sobre a minha rede!

Pego de um pau. Esforços faço. Chego
A tocá-lo. Minh'alma se concentra.
Que ventre produziu tão feio parto?!

A Consciência Humana é este morcego!
Por mais que a gente faça, à noite, ele entra
Imperceptivelmente em nosso quarto!

Augusto dos Anjos

O PLANETA QUE GIRA

"Êis o fim de tarde,aproxima-se a noite
novos minutos por vim,
novas horas ha se confeccinar
O planeta gira,novos dias por vir
quem verá o fim dos tempos?
certamente não seremos nós!
O planeta gira,os mortos giram,a vida gira,gira
nascem novos mortos no planeta que gira
esperamos novos dias enquanto estamos aqui
êis o fim de tarde,este fim de tarde esse fim da vida
morrem os homens,nascem novos homens
no nosso planeta que gira...

S.jean da bela vista e abraham

O CORVO

Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."

Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará jamais.

E o rumor triste, vago, brando,
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto e: "Com efeito
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."

Minha alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós - ou senhor ou senhora -
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse: a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.

Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta:
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Entro co'a alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais tarde; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma coisa que sussurra. Abramos.
Ela, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso.
Obra do vento e nada mais."

Abro a janela e, de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre Corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto
Movendo no ar as suas negras alas.
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo - o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "Ó tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais:
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta,
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é o seu nome: "Nunca mais."

No entanto, o Corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o Corvo disse: "Nunca mais."

Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais."

Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao Corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera.
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais."

Assim, posto, devaneando,
Meditando, conjecturando,
Não lhe falava mais; mas se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava,
Conjecturando fui, tranqüilo, a gosto,
Com a cabeça no macio encosto,
Onde os raios da lâmpada caiam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.

Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso.
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: "Existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No Éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais.
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa!, clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fica no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua,
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o Corvo disse: "Nunca mais."

E o Corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!

trad. Machado de Assis - 1883

Edgar Allan Poe

O que esconde a noite..?
A noite guarda os sonhos
É sentir sem pensar
É só acreditar
Esta noite quero a rosa mais linda que houver
A estrela mais brilhante
Eu quero o amor, o amor mais profundo
As tuas palavras líquidas em gotas de beleza pura revelam-me um caminho distante, a iluminar esta noite.

Se não fosse a força da gravidade deste silêncio poderia ir contigo.

Talvez noutra noite.

Olha, vês as estrelas?
Pede um desejo, por ti e por mim.

Divine

O frio vem entrando, o vento sacudindo as cortinas, a noite está chegando... Está tudo igual, porém, tão diferente. Madrugadas vazias, sono sem sonhos e o dia vai amanhecendo. Os pássaros cantam, a brisa farfalha as folhas das árvores, as horas passam e o sol se põe. Nada estremece... A chuva me molha e não sinto, o sol bate em meus olhos e não os fecho, o vento bagunça meu cabelo e eu deixo tudo assim. Está tudo igual, mas alguma coisa mudou. Algo em mim está diferente.

O tempo passa e se a dor vem eu uso outra tática agora, às vezes mal olho pra fora. Se tiver muitas pedras eu desisto, se o sentimento não é intenso desaparece num estalar de dedos. Não ouço mais o ruído da porta. Não tenho mais medo do escuro do lado de fora. Se chamam talvez eu atendo, se me deixam até entendo.

As conversas não têm assunto, as fofocas não têm graça, novidades são raras, os dias monótomos... Minhas lágrimas perderam a frequência, as risadas também. Aquelas coisas gostosas de se sentir, friozinho na barriga, loucuras, mentiras, planos safados, conquistas, deram espaço pra seriedade. Coisa de gente grande, me sinto como adultos, pessoas frias que não amam, mulheres velhas que dizem que homem não presta.

Perdi a necessidade de comunicação, embora tenho vontade de tê-la. Carinho é algo a ser treinado. "Eu te amo" pra mim é mentira. Faço uso frequente da desconfiança. Perdi motivações. Deixei de ouvir música diariamente. Abanbonei meu diário.

Queria que não me vissem por esse lado. No fundo eu não sou assim, me entristece olhar e ver essa imagem em mim. Eu não sou eu quando não estou apaixonada. Hey vida, cada suas cores? Acho que é melhor deixar tudo desse jeito. Porém, às vezes imagino que eu deveria me desbloquear para o amor, correr mais riscos novamente, dar uma chance pra mim mesma para então viver mais. Sabe, eu já vivi de verdade e por isso já me machuquei de verdade. Tem horas que me sinto mais carente, mas algo em mim que é mais forte e ainda não está curado diz para mim não ser ingênua.

E ontem você veio me dizer que tenho coração de pedra. É uma longa história meu amigo, talvez dificil de entender. A verdade é que a frieza tomou conta de mim, e não foi porque eu quis. Agora estou muito racional e posso sentir um peso em mim, acho que é o peso do vazio.

Então eu te respondo que são fases, na esperança que isso não seja uma mudança de personalidade minha. Acredite, quero romper essa abstinência, mas percebi que é necessário certa calma. Tudo tem seu tempo e isso tem motivos, essas coisas são apenas consequências de outras quee pareciam menos complicadas. É um periodo de recuperação de ressentimentos, para que no fim eu volte a achar que a vida é colorida e o amor vale a pena.

Stephaniegati


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