Nelson Barh: Desencanto Aqui estou eu de volta. Depois de andar



Desencanto
Aqui estou eu de volta. Depois de andar por estranhos caminhos, de mergulhar no submundo, de perder a esperança na vida,depois de quase morrer...estou de volta.
Sabe, andei perambulando por entre sombras em busca da paz perdida.e, na luta entre o bem e o mal, agora já sei quem é o grande vencedor.
Ah,tentei compreender os desígnios divinos, se é que eles realmente existem.Tentei saber o porquê de tantas feras mesquinhas, verdadeiras víboras humanas, serem abençoadas e tão bem protegidas neste mundo.
Enquanto pessoas boas estão totalmente desamparadas e são cruelmente atingidas por uma força avassaladora que tudo rompe, tudo flagela e tudo destrói sem nenhuma piedade.
Como entender os propósitos de Deus? Tanta gente ruim estando numa boa e tanta gente boa padecendo tantos males.

Creio que a aliança divina foi rompida ou perdeu a validade, que estamos totalmente sozinhos neste vasto Universo. Nossos bons guardiões partiram para nunca mais voltar.
Será que as nossas lutas e orações foram em vão?
Será que os nossos melhores valores caíram por terra?
Que estranho porvir terá as gerações vindouras?
A violência está por toda parte, nas casas, nas ruas, nos hospitais, nos púlpitos, nas escolas.
Estamos à mercê de frios marginais, de policiais inescrupulosos, de governantes corruptos, de pais irresponsáveis, de fanáticos religiosos, de traficantes insaciáveis.
Nossas instituições estão falidas, nossas crenças são um amontoado de puras fantasias, criadas num tempo remoto.
A maldade criou asas, atravessou horizontes e paira soberana sobre todos, ofuscando a Luz divina.
Há entre os bons um gosto de medo, de desalento de total desencanto no amanhã.
O que fazer diante do caos que se abateu sobre nós? Uma nova aliança? Talvez.
Não podemos ceder diante do mal, das influências perniciosas que inundam a nossa existência.
Temos que aprender a viver, que valorizar a vida, mais do que nunca temos de buscar reaprender o verdadeiro significado do amor.
E simplesmente voltar a amar os nossos semelhantes.
Vamos continuar acreditando num novo tempo e num mundo melhor.
Texto: Nelson Barh

Nelson Barh

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