Hoje perguntei aos meus delirios. Quem sou?. Eles em silêncio, no mais rencôndido do meu coração,falaram-me que sou...
Sou louco, sou lúcido, sou homem, sou menino. Brinco com meus fantasmas no teatro da existência, sem saber a hora de dizer que já não entendo o que eles mim pedem.
Sou cachoeira que banha o deserto. Sou o navio que voa por sobre as nuvens. Sou o deserto que desabrocha o orvalho nas madrugadas quentes. Sou chuva que acorda o pó. Sou seca que nasce a mais bela flor. Sou ventania que acalma as árvores. Sou noite escura que brilha o arco-íris. Sou amor que mata. Sou ódio que perdoa.

Fagner