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Lília Cabral - Atriz
Emerson Nunes- emerson@portalibahia.com.br


O público brasileiro já se acostumou a odiar a frieza da personagem Marta, vivida pela atriz Lília Cabral, na novela 'Páginas da Vida'. Mas ela fez uma pausa nas gravações da novela para interpretar a protagonista Mercedes, uma quarentona bem humorada em busca de respostas em uma consulta com um psicanalista. O espetáculo teatral Divã é uma adaptação do livro homônimo de Martha Medeiros. Lília Cabral conversou com o iBahia e falou sobre a versatilidade de interpretar personagens diferentes, a maldade e o bom humor de seus personagens.

iBahia- Marta está matando o público de raiva em Páginas da Vida, mas ao mesmo tempo é o maior sucesso. Como a atriz Lilia Cabral recebe essa popularidade?
Lília Cabral - Nossa! É maravilhoso, onde eu vou todos dizem 'como esse personagem é mau', mas ao mesmo tempo fazem elogios ao trabalho. Eu não podia estar melhor coroada dentro de uma novela, que é um sucesso, muito bem escrita do Maneco.

iBahia- Qual a sua opinião com relação a atitude de Marta ao saber da gravidez da filha e de não querer a neta portadora da síndrome de down?
Lília Cabral - Acho que ela levou um baque, mas acabou sendo muito dura. Eu não faria da mesma forma, mas também não passaria a mão pela cabeça, mostraria os limites e a colocaria para enfrentar a realidade. Ela também não soube enfrentar o choque de saber que a neta tinha a doença. Eu lembro da minha avó, que ficou nove anos em uma cama. Acho que ela deveria Ter aceitado e até dado apoio, mas Marta não enxerga esses pontos.

iBahia- Quem é a personagem Mercedes?
Lília Cabral - Ela é uma mulher de 40 anos que resolve fazer análise pela primeira vez. Ela tem o trabalho dela, marido e filhos, mas tem alguma coisa que incomoda demais. É na análise que ela descobre que a vida dela estava morna e que ela precisava viver, a partir daí ela vai ganhando e perdendo coisas. Mas em compensação ela vai vivendo, coisa que ela não fazia até então.

iBahia- O que leva as pessoas a procurarem a terapia?
Lília Cabral - Acho que um desconforto interno, uma coisa que você precisa saber, uma resposta, uma necessidade de entender mais as emoções e de colocá-las no lugar certo.

iBahia- Você acredita que um psicanalista traz soluções?
Lília Cabral - Não sei se ele traz, mas ele ajuda a reconhecer. Ele estuda para te colocar nos caminhos. Mas também acredito que o analista tem que ir de encontro ao que você é, às vezes a gente não acerta o analista da primeira vez. É como se fosse um casamento, tem que está em boa sintonia com ele; uma pessoa que só fala e não tem nenhum envolvimento não dá certo.

iBahia- Você é responsável pela adaptação do livro Martha Medeiros para o teatro junto com Marcelo Saback, Marta Góes e o diretor Ernesto Piccolo. Como foi essa experiência?
Lília Cabral - Eu ajudava no sentido de cortar e acrescentar coisas que a gente tinha acabado de discutir e ler, mas quem adaptou mesmo foi Marta Góes e Marcelo Saback, mas eu também dei as minhas pinceladas (risos). Fizemos a adptação e depois partimos para ensaiar e colocar em cartaz. Ela vem sendo bem sucedida desde a época da estréia, em todos os lugares fomos bem recebidos.

iBahia- O espetáculo teve boa receptividade em cidades como RJ, SP, Porto Alegre, BH e até mesmo em Lisboa. O que você espera do público baiano?
Lília Cabral - Eu não crio muita expectativa. A peça começou sem nenhum tipo de prepotência, arrogância ou expectativa; agente queria fazer um trabalho sério, onde as pessoas pudessem se divertir, se comover e levar para casa as coisas que acabaram de ser ouvidas. A peça é engraçada, apesar de não ter sido feita com esse intuito, mas é verdadeira. Comove e entretém o público. As pessoas se identificam, e a identificação faz a gente rir de nós mesmo. É um espetáculo que faz as pessoas pensarem em situações que ou viveram ou conhece gente que já viveu. A gente tem aquele frissom de achar que vai dar certo, e porque não daria aqui? Vai ser muito bom (risos).

iBahia- Você também faz terapia o que te fez procurar o divã?
Lília Cabral - Eu procurei um psicanalista há muito tempo atrás, quando a minha mãe faleceu. Mudei de psicanalista, e estou com o Alberto Goldin há mais de dez anos.

iBahia- Marta necessita de um psicanalista?
Lília Cabral - Com certeza ela precisa (risos).

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