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Vinha andando por aquela rua sombria, perante aquele final de tarde nublado. E eu triste apenas andando e pensando. Nenhuma alma viva na rua, não se via uma formiga, nenhuma se arriscaria, tão pouco choveu. Nenhum pássaro, abelha ou borboleta, se bem que o sol já estava posto, a pouco, mas posto! Não se via nem ao menos um pernilongo, porem após tal chuva, o frio não deu trégua. E eu continuo a caminhar, em passos curtos e rápidos, me encolhendo de frio, com a espinha toda arrepiada. Ao longe vi o final da rua, muitas árvores e poucos postes que iluminam pequenos trechos de um dos lados daquela via, e a neblina que naquela noite baixou, deixa aquele local cada vez mais sombrio. Continuo meu pequeno trajeto, sempre observando o que se passa atrás de mim, cada barulho uma olhada, cada folha caída um pulo, cada rajada de vento um calafrio. Mas sem me deixar abater continuei. Um pouco mais adiante vi minha sombra crescer perante meus olhos, e foi aumentando cada vez mais, preste a fazer uma doce curva percebi que crescia cada vez mais devagar. Logo avistei um carro, de faróis baixos, cor prata, não era um top de linha, mas também não era ultrapassado. Dentro avistei um motorista, robusto, parecia ser alto, barba a fazer, cabelos loiros desajeitados pelo vento, olhos levemente verdes e bem fixantes. Ao passar olhou-me e arriscou um sorriso, porém não correspondi. Ao passar-me continuou a olhar-me pelo retrovisor, e mais uma vez tentou um sorriso, a esse não pude resistir. Retribui. Tão perto de casa estava agora que sorrindo e cantando terminei o percurso. Um caminho que não costumava seguir agora farei sempre. Tentado sempre me recordar daquele sorriso encantador de um homem tão simpático!

Isabela Ricieri