Clarice Lispector: [...]Nada a retinha, nem o medo. Más mesmo que ag



[...]Nada a retinha, nem o medo.
Más mesmo que agora se aproximasse a morte, mesmo a vileza, a esperança ou de novo a dor. Parara simplesmente. Estavam cortadas as veias que a ligavam as coisas vividas, reunidas num só bloco longínquo, exigindo uma continuação lógica, más velhas, mortas. Só ela própria sobrevivera, ainda respoirando. E a sua frente um novo campo, ainda sem cor a madrugada emergindo. Atravessar suas brumas para enxerga-lo. Não poderia recuar, não sabia por que recuar. Pg 179 ( Perto do coração selvagem.)

Clarice Lispector

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