Michelle de Souza: 06/07/2008 01:39 Escreva. Ás vezes, eu tenho pala



06/07/2008 01:39

Escreva.

Ás vezes, eu tenho palavras pra falar de tudo. Falo de política, de economia, de meio ambiente, até arrisco falar de amor. Mas quando tenho que falar sobre o MEU amor, é o silêncio que toma conta de mim. Preciso desabafar. Preciso que alguém me ouça, nem que sejam essas linhas de palavras sem sentido. Sinto-me sufocada. Sinto-me presa. Ela ligou terminando tudo entre eu e ela, não teve coragem de me dizer que encontrou outra pessoa. Ela jogou os meus sonhos todos pela janela, e pediu pra entender encarar numa boa. Como se meu coração fosse feito de aço pediu pra esquecer os beijos e abraços e pra machucar ainda brincou comigo. Ela disse que meu nome vai ficar na sua agenda na página de amigos. Como eu posso ser amiga de alguém que eu tanto amei? Perdida em um labirinto que não tem saída. Perdida num mundo que às vezes não consigo nem me encontrar.
Faço de tudo. Leio livros, estudo, escuto músicas, saio com os amigos, fico com garotas ou garotos, durmo. Mas em tudo que eu faço, eu nunca estou sozinha. Nunca. Ela sempre está ali comigo, sempre. Desde o dia em que conheci certo rosto, ele passou a viver dentro de mim, e desde então, é só nele que consigo pensar. Esse amor que me tira o sono, que me tira a atenção, que me corrompe por dentro, passou a fazer parte de mim. Faz tempo que começou, e não durou muito. Você não sabe um por cento da dor e da saudade que você deixou. Por vezes, até penso que é tudo uma grande bobagem, que é coisa da minha imaginação. Penso naqueles amores de filmes, de livros; paixões arrebatadoras, casos amorosos com muitas idas e vindas, com muito fulgor. Amores transcendentes. Tudo muito bonito. E então me lembro do meu amor. Não parece nada com isso tudo. Parece muito mais bobo muito mais infantil. E por isso, guardo-o só pra mim, com vergonha sim desse sentimento. Mas chega um ponto, em que não consigo mais esconder. Então escrevo. Escrevo para aliviar a dor que sinto no meu peito, para esconder a tristeza que carrego em meu olhar. Pela dor de saber que só existe em mim. E eu não estou sabendo viver com essa situação.
Pai vem restaurar-me, preciso da tua mão. Levanta-me!
Eu amo essa garota, mas ela ama outra e essa outra a tem.
Não podia ter acabado ainda era novo e tinha futuro, não consegui perceber que você já tinha enjoado de mim. Realmente eu não tenho muita graça e ainda não tinha me acostumado a ser engraçada com você, era novo tudo isso pra mim.
E isso dói mais do que tudo, ter a certeza absoluta de que o que eu sinto, é amor. Não é só atração, não é só 'coisa de pele'. Antes fosse isso. Seria muito mais fácil de resolver. Mas não, é complicado. Eu tenho que te esquecer, mas como? Quando colocava em minha mente que devia esquecer alguém, eu esquecia e ponto final. Podia até demorar, podia doer muito, mas eu esquecia. Foi sempre assim, e sempre deu certo. Mas dessa vez, minha mente me pregou uma peça. Ela não quis esquecer. Eu não quis esquecer. E isso é o pior de tudo. Eu continuo não podendo esquecer. Por mais que eu saiba que isso tudo não tem significado algum para ti, que nunca vai dar certo, eu continuo com esse amor dentro de mim.
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Michelle de Souza

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