As línguas, como as religiões, vivem de heresias.
Miguel Unamuno
As obras de caridade que se praticam com tibieza e como que a medo, nenhum mérito, nem valor têm.
Miguel Cervantes
As obras que se fazem depressa nunca são terminadas com a perfeição devida.
Miguel Cervantes
As tristezas não foram feitas para os animais, mas para os homens; mas se os homens as sentem muito, tornam-se animais.
Miguel de Cervantes
Cada novo amigo que ganhamos no decorrer da vida aperfeiçoa-nos e enriquece-nos, não tanto pelo que nos dá, mas pelo que nos revela de nós mesmos.
Miguel Unamuno
Cada um é como Deus o fez, e muitas vezes até pior.
Miguel Cervantes
Come pouco ao almoço e menos ainda ao jantar, que a saúde de todo o corpo constrói-se na oficina do estômago.
Miguel de Cervantes
Compadeça-se quem manda de quem obedece, e de si mesmo se compadeça por ter que mandar.
Miguel Unamuno
Conquistar o supérfluo é mais prazeroso do que a conquista do necessário. O necessário é dever e dever não é prazer. Ser homem é ter desejos, não necessidades.
Miguel Gontijo
Contento-me com pouco, mas desejo muito.
Miguel Cervantes
Contra o calar não há castigo nem resposta.
Miguel Cervantes
Contra quem cala não há castigo nem resposta.
Miguel Cervantes
Crer é, em primeira instância, querer crer.
Miguel Unamuno
Cuide de vossa graça, pois aqueles ali não são gigantes, mas moinhos de vento, e aquilo que pensais serem braços são as pás que, girando o vento, movem a mó.
Miguel Cervantes
Descobri que só no silêncio se ouve tudo...
Miguel Pinto
Deus tem paciência com os maus, mas não para sempre.
Miguel de Cervantes
Diz a tua palavra e segue o teu caminho, e deixa que a roam até ao osso.
Miguel Unamuno
É coisa mais que provada não haver ciúme sem loucura. ? E também sem amor, meu senhor, isso se pode igualmente afirmar. ? Ora ciúme é ódio, e de ódio, sempre, o amor está vazio.
Miguel de Cervantes
É instrutivo ver os vários retratos que fazem de nós pela vida fora. Com traços lisonjeiros ou desagradáveis, entram-nos sempre pelos olhos dentro como estranhos, a perturbar uma paz que tinha um rosto habitual, familiar, a que estávamos acostumados. À imagem tranquila, sobrepõem-se outras inquietantes que não servem no cartão de identidade, e, contudo, nos identificam publicamente mais até do que a que nele figura. É que não se trata de neutras fotografias. São perfis apaixonados, justos ou injustos, com as virtudes e os defeitos cruamente patenteados. Quem um dia nos lembrar, é por eles que nos lembra. Somos o que nós sabemos, e parecemos o que os outros dizem de nós.
miguel torga
É inútil querer discutir e tirar de alguém as suas ideias; as pessoas não querem deixar-se convencer; o melhor é deixá-las.
Miguel Unamuno
É o ciúme turbador da tranqüila paz amorosa! Ele é punhal que mata a mais firme das esperanças!
Miguel de Cervantes
É preciso esquecer para viver; a vida é esquecimento; cumpre abrir espaço para o que está por vir.
Miguel Unamuno
É próprio da condição do ciumento enxergar como sendo maiores e mais valiosas, aos olhos da amada, as qualidades do seu rival.
Miguel de Cervantes
Elimine a causa que o efeito cessa.
Miguel de Cervantes
Em alguma outra vida,
Miguel Falabela
devemos ter feito algo de muito grave,
Para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé , doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa,
Dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe,
Saudade de uma cachoeira da infância,
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais,
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu,
Saudade de uma cidade,
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem estas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar no quarto e ela na sala, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela pra faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre culpada,
Se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na internet,
A encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,
Se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua detestando McDonalds,
Se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que eu estive sentido enquanto escrevia
E o que você provavelmente estará sentindo depois que acabar de ler.