Frases de jaonior medeiros

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126 - 150 de 242 pensamentoss de jaonior medeiros

Não fale nada...
Só ouça a bela sinfonia das letras que se unem e em um perfeito SOM, e ouça o quanto EU TE AMO!

Yago Medeiros

Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça. Mas tem. Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia

Martha Medeiros

No doce brilho dos teus lábios!
No mais profundo dos teus olhos...

Encontro o meu eu a tua espera...
Vejo lá..., bem fundo...

Tudo o que eu poderia já ter feito...

Se tivesse ganhado o teu SIM...

Paciência louca apaixonado há sua hora vai chegar!

Quão linda você é...

Tão delicada ao voar de uma borboleta recém saída do casulo.

Yago Medeiros

No mundo todo dia é domingo.

Clarissa Guerra de Medeiros

Nunca vá tão longe em busca de uma esperança.

Clarissa Guerra de Medeiros

O amor é como um teatro , quem assiste acha lindo mais os personagens devem ralar muito pra que a peça fique perfeita.

Júnior Medeiros

O que eu desejo ser é tão grande e intenso que nem tem nome.

Clarissa Guerra de Medeiros

O segredo das esposas que se querem fazer amar é de aparecerem sempre amantes.

Medeiros e Albuquerque

O silêncio arquiteta planos que não são compartilhados. Quando nada é dito, nada fica combinado.

Martha Medeiros

Desejos
Desejos


Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido,
Desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa...
Desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.

Mas desejo também que desejes com audácia,
Que desejes uns sonhos descabidos
E que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração,
Mas os mantenha acesos, livres de frustração,
Desejes com fantasia e atrevimento,
Estando alerta para as casualidades e os milagres,
Para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.

Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras,
Que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe...
E desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer...
E que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro,
Eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.

Mas desejo também que desejes uma alegria incontida,
Que desejes mais amigos, e nem precisam ser melhores amigos,
Basta que sejam bons parceiros de esporte e de mesas de bar,
Que desejes o bar tanto quanto a igreja,
Mas que o desejo pelo encontro seja sincero,
Que desejes escutar as histórias dos outros,
Que desejes acreditar nelas e desacreditar também,
Faz parte este ir-e-vir de certezas e incertezas,
Que desejes não ter tantos desejos concretos,
Que o desejo maior seja a convivência pacífica com outros que desejam outras coisas.

Desejo que desejes alguma mudança,
Uma mudança que seja necessária e que ela não te pese na alma,
Mudanças são temidas, mas não há outro combustível para essa travessia.
E desejo, principalmente,
Que desejes desejar, que te permitas desejar,
Pois o desejo é vigoroso e gratuito, o desejo é inocente,
Não reprima teus pedidos ocultos, desejo que desejes vitórias, romances, diagnósticos favoráveis,
mais dinheiro e sentimentos vários,
Mas desejo, antes de tudo, que desejes, simplesmente.

Texto de Martha Medeiros

Martha Medeiros

DOR FÍSICA X DOR EMOCIONAL
26 de outubro de 1998

O maior medo do ser humano, depois do medo da morte, é o medo da dor. Dor física: um corte, uma picada, uma ardência, uma distenção, uma fratura, uma cárie. Dor que só cessa com analgésico, no caso de ser uma dor comum, ou com morfina, quando é uma dor insuportável. Mas é a dor emocional a mais temível, porque essa não tem medicamento que dê jeito.

Uma vez, conversando com uma amiga, ficamos nessa discussão por horas: o que é mais dolorido, ter o braço quebrado ou o coração? Uma pessoa que foi rejeitada pelo seu amor sofre menos ou mais do que quem levou 20 pontos no supercílio? Dores absolutamente diferentes. Eu acho que dói mais a dor emocional, aquela que sangra por dentro. Qualquer mãe preferiria ter úlcera para o resto da vida do que conviver com o vazio causado pela morte de um filho.

As estatísticas não mentem: é mais fácil ser atingida por uma depressão do que por uma bala perdida. Existe médico para baixo astral? Psicanalistas. E remédio? Anti-depressivos. Funcionam? Funcionam, mas não com a rapidez de uma injeção, não com a eficiência de uma cirurgia. Certas feridas não ficam à mostra. Acabar com a dor da baixa-estima é bem mais demorado do que acabar com uma dor localizada.

Parece absurdo que alguém possa sofrer num dia de céu azul, na beira do mar, numa festa, num bar. Parece exagero dizer que alguém que leve uma pancada na cabeça sofrerá menos do que alguém que for demitido. Onde está o hematoma causado pelo desemprego, onde está a cicatriz da fome, onde está o gesso imobilizando a dor de um preconceito? Custamos a respeitar as dores invisíveis, para as quais não existem prontos-socorros. Não adianta assoprar que não passa.

Tenho um respeito tremendo por quem sofre em silêncio, principalmente pelos que sofrem por amor. Perder a companhia de quem se ama pode ser uma mutilação tão séria quanto a sofrida por Lars Grael, só que os outros não enxergam a parte que nos falta, e por isso tendem a menosprezar nosso martírio. O próprio iatista terá sua dor emocional prolongada por algum tempo, diante da nova realidade que enfrenta. Nenhuma fisgada se compara à dor de um destino alterado para sempre.

Martha Medeiros

É NAMORO OU AMIZADE?

Coragem, confesse: você assiste ao programa Em nome do amor do Silvio Santos, domingos à tarde. É aquele programa onde garotas e rapazes que nunca se viram mais gordos tiram uns aos outros para dançar ao som de Julio Iglesias, enquanto aproveitam para trocar três palavras. No final da música, Silvio pergunta para cada casal: é namoro ou amizade? Se a menina responder amizade, volta para o banco de reservas. Se responder namoro, ganha um buquê de flores e sai de mãos dadas com um amor novinho em folha. Já pensou que paraíso se fosse fácil assim?

Você está no bar da faculdade tomando um suco quando surge aquele colega que é um gato e que só faz uma cadeira nas quintas. Ele vem na sua direção e sorri. É seu dia de sorte. Está cada vez mais perto. Finalmente chega e lhe entrega um minidicionário Aurélio. "Você deixou cair ali fora". Antes que você consiga dizer obrigada, ele dá meia-volta, mas não consegue dar um passo. Silvio Santos está de microfone na mão interrompendo a fuga: é namoro ou amizade? "Namoro", responde você. A platéia do bar aplaude, você segura a mão do cara e não larga nunca mais.

Você está de bobeira no posto de gasolina, sábado à noite, encostado num Kadett. Sua cerveja está ficando quente e você não tem mais um tostão no bolso. Olha para o relógio: hora de saltar fora. Nisso surge uma clone da Cameron Diaz e pede licença para sair com o carro. Você desencosta. "Está bem cuidado, princesa", diz naquele seu jeito cafajeste. Ela entra, tenta arrancar mas quase atropela Silvio Santos, que surge não se sabe de onde, perguntando à queima-roupa: é namoro ou amizade? "Namoro", responde você entrando no Kadett da loira. Arranjou uma carona e uma paixão.

Você é divorciada e não é uma ninfeta: quase já esqueceu para que serve um homem. Está no cinema sozinha, pra variar. Nisso entra um cinquentão boa pinta, sem aliança no dedo. Senta quase ao seu lado, apenas uma poltrona os separam. As luzes ainda estão acesas e na fila da frente três retardadas não páram de rir e de fazer barulho com o papel de bala. O bacana olha pra você e diz: "Espero que, quando o filme iniciar, esse frege termine". Ele fala frege, como você. Feitos um para o outro. Nisso Silvio Santos materializa-se na poltrona do meio e lasca: "É namoro ou amizade?" Você agarra o microfone: "Namoro". Silvio sai de fininho, você pula para a cadeira do lado e assiste todo o filme com a cabecinha apoiada no ombro do tipão.

Ou você põe a imaginação pra funcionar ou se inscreve no Em nome do amor. Mas vai ter que agüentar o Julio Iglesias.

Martha Medeiros

E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?

Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.

Agora vou contar o que ele vê nela: ele vê, sim, que o corpo dela não é nem de longe parecido com o da Daniella Cicarelli, mas vê que ela tem uma coxa roliça e uma boca que sorri mais para um lado do que para o outro, e vê que ela, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ela precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ela até hoje não aprendeu a fazer um rabo-de-cavalo decente, mas faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ela boceja só de pensar na palavra bocejo e que faz parecer que é sempre primavera, de tanto que gosta de flores em casa, e ele vê que ela é tão insegura quanto ele e é humana como todos, vê que ela é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ela se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que a ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele a ama mesmo que ninguém entenda.

Martha Medeiros

Em caso de despressurização
Eu estava dentro do avião, prestes a decolar, e pela milionésima vez escutava a orientação do comandante: "Em caso de despressurização da cabine, máscaras cairão automaticamente a sua frente. Coloque primeiro a sua e só então auxilie quem estiver a seu lado". E a imagem no monitor mostrava justamente isso, uma mãe colocando a máscara no filho pequeno, estando ela já com a dela.

É uma imagem um pouco aflitiva, porque a tendência de todas as mães é primeiro salvar o filho e depois pensar em si mesma. Um instinto natural da fêmea que somos, todas. Mas a orientação dentro dos aviões tem lógica: como poderíamos ajudar quem quer que seja estando desmaiadas, sufocadas, despressurizadas?

Isso vem de encontro a algo que sempre defendi, por mais que pareça egoísmo: se quer colaborar com o mundo, comece por você.

Tem gente à beça fazendo discurso e reclamando em nome dos outros, mas mantém a própria vida desarrumada. Trabalham naquilo que não gostam, não se esforçam para manter uma relação de amor prazerosa, não cuidam da própria saúde, não se interessam por cultura e informação e estão mais propensos a rosnar do que a aprender. Com a cabeça assim minada, vão passar que tipo de tranqüilidade adiante? Que espécie de exemplo? E vão reivindicar o quê?

Quer uma cidade mais limpa, comece pelo seu quarto e seu banheiro. Quer mais justiça social, respeite os direitos da empregada que trabalha na sua casa. Um trânsito menos violento, é simples: avalie como você mesmo dirige. E uma vida melhor para todos? Pô, ajudaria muito colocar um sorriso neste rosto, parar de praguejar, encontrar soluções viáveis para seus problemas, dar uma melhorada em você mesmo. Tudo o que nos acontece é responsabilidade nossa, tanto a parte boa como a parte ruim da nossa história, salvo tragédias pessoais e abandonos sociais. E, mesmo entre os menos afortunados, há os que viram o jogo, ao contrário dos que viram uns chatos.

Antes de falar mal da Caras, pense se você mesmo não anda fazendo muita fofoca. Coloque sua camiseta pró-ecologia, mas antes lembre-se de não jogar lixo na rua e nem de usar o carro desnecessariamente. Uma coisa está relacionada com a outra: você e o universo. Quer salvá-lo? Garanta-se primeiro. Não se sinta culpado em pensar em si próprio. Cuide da sua saúde. Arrume o que é seu. Agora sim, estando quite consigo mesmo, vá em frente e mostre aos outros como se faz.

Martha Medeiros

O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções.

Martha Medeiros

Eu desejo que desejes ser feliz de um modo possível e rápido,
Desejo que desejes uma via expressa rumo a realizações não utópicas, mas viáveis, que desejes coisas simples como um suco gelado depois de correr ou um abraço ao chegar em casa...
Desejo que desejes com discernimento e com alvos bem mirados.

Mas desejo também que desejes com audácia,
Que desejes uns sonhos descabidos
E que ao sabê-los impossíveis não os leve em grande consideração,
Mas os mantenha acesos, livres de frustração,
Desejes com fantasia e atrevimento,
Estando alerta para as casualidades e os milagres,
Para o imponderável da vida, onde os desejos secretos são atendidos.

Desejo que desejes trabalhar melhor, que desejes amar com menos amarras,
Que desejes parar de fumar, que desejes viajar para bem longe...
E desejes voltar para teu canto, desejo que desejes crescer...
E que desejes o choro e o silêncio, através deles somos puxados pra dentro,
Eu desejo que desejes ter a coragem de se enxergar mais nitidamente.

Mas desejo também que desejes uma alegria incontida,
Que desejes mais amigos, e nem precisam ser melhores amigos,
Basta que sejam bons parceiros de esporte e de mesas de bar,
Que desejes o bar tanto quanto a igreja,
Mas que o desejo pelo encontro seja sincero,
Que desejes escutar as histórias dos outros,
Que desejes acreditar nelas e desacreditar também,
Faz parte este ir-e-vir de certezas e incertezas,
Que desejes não ter tantos desejos concretos,
Que o desejo maior seja a convivência pacífica com outros que desejam outras coisas.

Desejo que desejes alguma mudança,
Uma mudança que seja necessária e que ela não te pese na alma,
Mudanças são temidas, mas não há outro combustível para essa travessia.
E desejo, principalmente,
Que desejes desejar, que te permitas desejar,
Pois o desejo é vigoroso e gratuito, o desejo é inocente,
Não reprima teus pedidos ocultos, desejo que desejes vitórias, romances, diagnósticos favoráveis,
mais dinheiro e sentimentos vários,
Mas desejo, antes de tudo, que desejes, simplesmente.

martha medeiros

Eu sei que não deveria te escrever essas palavras.
Mas meu coração é muito insistente, e me pede
pra dizer tudo o que ele nunca teve a chance de
expressar por você antes.
Ele me diz, pra dizer a você, que seus dias são
os mais felizes desde que te conheceu. Que nele,
você pode habitar sem medo por todo sempre, se
desejar!
Disse-me ainda que, você é a dona do seu amor!
Que não saberia viver sem a sua doce presença.
Em cada amanhecer, ele encontra um motivo novo
para bater feliz, e gostaria de fazer feliz,
a mulher que tanto ama... Você!
Disse já ter tentado de dizer antes, mas você lhe
pediu para não dizer essas palavras. Desculpe-me
por escrever a você o que ele me pede!
Fico sem graça diante de tanto amor expressado
por ele. Mas acho que você deveria escutá-lo!
Dê uma chance de ele te mostrar o quanto te deseja,
o quanto é feliz com você por perto.
Sei que se você parar e pensar... Vai ver que ele é
o ideal para você. Vai ver que vocês nasceram
um para o outro... Escute ele dizer... AMO-TE
E será feliz ao lado desse coração apaixonado
que bate por tanto te amar!

Gracieli medeiros

Eu to falando é de amizade!
A força da nossa amizade vence todas as diferenças...
Aliás... para que diferenças se somos amigos?
Quando erramos... nos perdoamos e esquecemos
Se temos defeitos... não nos importamos...
Trocamos segredos...
e respeitamos as divergências...
Nas horas incertas, sempre chegamos no momento certo...
Nos amparamos...nos defendemos...
sem pedir...
fazemos porque nos sentimos felizes em fazer...
Nos reverenciamos... adoramos... idolatramos... apreciamos... admiramos.
Nos mostramos amigos de verdade,
quando dizemos o que temos a dizer...
Nos aceitamos , sem querer mudanças...
Estamos sempre presente,
não só nos momentos de alegria,
compartilhando prazeres,
mas principalmente nos momentos mais difíceis...

Thiago medeiros

Grisalha? Não, obrigada
Certa vez, por ocasião do Dia dos Pais, escrevi uma crônica chamada A Dignidade do Grisalho, defendendo que os homens deveriam pensar muito antes de pintar o cabelo, já que o grisalho lhes dava muito mais credibilidade, charme e juventude - isso mesmo, juventude. Citei Giorgio Armani como um desses garotos.

Em contraponto, disse que entendia perfeitamente que mulheres pintassem o cabelo, já que em nós o grisalho passa uma idéia de relaxamento e raramente nos cai bem.

Pois descubro que um dos livros mais comentados por aí tem sido Meus Cabelos Estão Ficando Brancos, Mas Eu me Sinto Cada Vez Mais Poderosa, da americana Anne Kreamer, que, depois de extensa pesquisa de campo, defende que as mulheres não perdem nada em manterem suas melenas ao natural.

Anne defende que ficar grisalha é um ato político, de afirmação. Uma outra espécie de vaidade, muito mais honesta. Com suas mechas acizentadas, as mulheres, como os homens, também ganham mais credibilidade, charme e, por que não, até juventude. Todos sabem: cabelos escuros, depois de uma certa idade, endurecem o semblante - e eu, que sou praticamente uma índia, não quero escutar mais nada: vou acabar essa crônica e ir pra cama chorar.

Ou seja, aquele truque de ficar loira pra não ficar velha estaria com os dias contados. Nem loira, nem ruiva, nem castanha, nem índia Sioux. Grisalha. É essa a verdadeira mulher moderna, de atitude.
Conceitualmente, concordo com tudo. Menos com a generalização. Que mulher é essa que só tem a ganhar? Qualquer uma de nós? Tá bom.

Recentemente estive no teatro e vi uma mulher com os cabelos curtos e grisalhos. O rosto dela era igual ao da Jaqueline Bisset nos áureos tempos. Tinha quase dois metros de altura, magérrima e superestilosa. Ela nem precisava de cabelo nenhum, podia ter um balde em cima da cabeça e continuaria um deslumbre. Mas para a mulher comum, que não chega a medir 1m65cm, que não tem corpo de modelo nem um guarda-roupa estiloso e ainda por cima quer manter os cabelos compridinhos, assumir a grisalhice é um homicídio qualificado contra si mesma.

A autora do livro condena a busca por uma aparência mais jovem. Concordo que não devemos entrar nessa neura: cada uma de nós pode ser atraente na idade que tiver. Mas o livro trata todas as pró-tinturas como mulheres patéticas que querem ter 18 anos para sempre. Nunca é levantada a hipótese de desejarmos apenas ter uma relação cordial com nosso espelho, mirar-se sem ter vontade de gritar.

O assunto não é sério, mas totalmente trivial também não. Que mulher, em pleno gozo das suas faculdades mentais, diria que não dá a mínima pro cabelo? Eu, por enquanto, nem penso em cirurgias, botox ou preenchimentos, tenho pânico só de pensar em escarafunchar meu rosto - não que eu não precisasse - , mas me acusar de não ter atitude porque passo um tonalizantezinho de nada já é querer humilhar. Tenho atitude, sim, principalmente a atitude de pegar o telefone e marcar hora no cabeleireiro. Quem fala que isso é perder tempo não sabe que bela companhia é um livro enquanto a tintura age. Leve um livro pro salão e ganhe cultura enquanto "perde tempo".

Um cabelo branco, todinho branco, e bem curtinho, acho um charme total. Funciona porque branco é cor. Grisalho é o quê? Cansaço.

martha medeiros

Já reparou que tem receita para tudo?
Já reparou que tem receita para tudo?
Como ser feliz no casamento...
Como ter uma trajetória de sucesso...
Como manter-se jovem...
Parece que meia dúzia de conselhos resolvem tudo!
Para ser feliz no casamento, todo mundo deve reinventar a relação diariamente.
Para ter uma trajetória de sucesso, todo mundo deve ser comunicativo e saber inglês, para se manter jovem, todo mundo deve parar de fumar e beber de comer. Todo mundo quem, cara pálida?
Todo mundo é um conceito abstrato, uma generalização.
Ninguém pode saber o que é melhor para cada um.
Fórmulas e tendências servem apenas como sinalizadores de comportamento, mas para conquistar satisfação pessoal para valer, só vivendo do jeito que a gente acha que deve, enquadrados ou não no que se convencionou chamar normal.
O casamento é a instituição com que todos convivem desde a infância.
Por isso, acreditamos saber, na prática, o que funciona e o que não funciona. Só que a prática dos nossos pais era deles, não nossa. A gente apenas testemunhou, e bem caladinhos.
Ainda assim, a maioria dos noivos diz ¿sim¿ diante do padre já com um roteiro esquematizado na cabeça, sabendo exatamente os exemplos que pretende reproduzir de seus pais e os exemplos a evitar
Porém, não tiveram os mesmos pais, e nada é mais diferente do que a família do vizinho.
É mais fácil imitar, seguir a onda, fazer de um jeito já testado por muitos e, se não der certo, tudo bem...
Nossas dores e nossos medos muitas vezes são herdados e a gente nem percebe.
Agir como todo mundo é moleza. Bendito descanso pra cabeça: é uma facilidade terem roteirizado a vida.
Mas, cedo ou tarde, a conta vem, e geralmente é salgada.
Fazer do seu jeito (amores, moda, horários, viagens, trabalho, ócio) é uma maneira de ficar em paz consigo mesmo e, de lambuja, firmar sua personalidade, destacar-se da paisagem.
Claro que não se deve lutar insanamente contra as convenções só por serem convenções (muitas delas nos servem e, se nos servem, nada há de errado com elas).
Mas, se não facilitam, outro jeito há de ter. Um jeito próprio de ser alguém, em vez de simplesmente reproduzir os diversos jeitos coletivos de ser mais um.
Por isso, que eu gosto da música do Frank Sinatra que diz: I did it my way (que significa fiz do meu jeito).

Autoria de Martha Medeiros

Martha Medeiros

O único silêncio que perturba,é aquele que fala. E fala alto. É quando ninguém bate à nossa porta,não há emails na caixa de entrada, não há recados na secretária eletrônica e, mesmo assim, você entende a mensagem.

Martha Medeiros

Odeio ver alguém concordar comigo em algumas coisas por que só assim eu tenho a certeza de que estou redondamente errada.

Clarissa Guerra de Medeiros

Oh doce e linda noite!
Tira de mim tudo que eu não posso ter
Tira de mim essa paixão avassaladora
Tira do meu peito tanto amor preso
Tira da minha cabeça a alegria infame...
...De ser feliz.

Oh doce e linda noite!
Na chegada do Sol leva-me contigo
Pra onde não haja luz
Onde meus olhos não contemplem
Nada mais que o silêncio da escuridão

Oh doce e linda noite!
Tira de mim tanta inspiração
Tanta vontade de viver
Leva minha vida
Deixa-me vegetar nesse “mundinho”
Alimentar minha alma de sorrisos...
Sorrisos distantes que doam menos
Tira de mim essa harmonia de sentimentos...
Os confundam...

Yago Medeiros

JEITO DE SER

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja
cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que
abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a
hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando
não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam
longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz
ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem
prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece,
é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete
e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte
antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo,
a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação,
mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe
de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que
acha que com amigo não tem que ter estas frescuras.
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que
não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.
Marta Medeiros

Marta Medeiros

JEITO DE SER

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja
cada vez mais rara: a elegância do comportamento.

É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que
abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.

É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a
hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando
não há festa alguma nem fotógrafos por perto.

É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam
longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz
ao se dirigir a frentistas.
Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem
prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece,
é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete
e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte
antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.

Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao de outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo,
a estar nele de uma forma não arrogante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural através da observação,
mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe
de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que
acha que com amigo não tem que ter estas frescuras.
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que
não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso. E, detalhe: não é frescura.

Marta Medeiros


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