O paradoxo da existência literária é que o público da época deseja uma alimentação diferente da que reclama o público sobreepocal.
Hugo Hofmannsthal
O passado pode até ser desajeitado, mas o futuro tem a missão de ajeitar. Só depende de quem quer e de quem pode mudar.
Laura Andrade Costa
O pensamento difere de pessoa para pessoa. No entanto o caminho da vida é um só, traçado por Deus: o nascimento, o crescimento e a morte. Destarte, guardai os conselhos de teu pai; pois, certamente, em determinada época, passarás pela mesma trilha em que ele passou. Se apreenderes tais ensinamentos, te servirão de escudo e de alicerce, pois terás o conhecimento, enquanto que ele tivera apenas a coragem.
Joel Alves Bezerra
O pensamento é como uma corrente elétrica, mas abstrata, está no ar, sendo obsorvida pelos seres vivos, através de seus instintos ou inteligência.
Eliesio Alves
O pensamento é mais que um direito; é o próprio alento do homem.
Victor Hugo
O poeta deve ter um só modelo, a Natureza; um só guia, a verdade.
Victor Hugo
O presente é em absoluto a face dolorosa da existência - mas é apenas algo de provisório.
Hugo Hofmannsthal
O presente impõe formas. Sair dessa esfera e produzir outras formas constitui a criatividade.
Hugo von Hofmannsthal
O primeiro amor e eterno, apesar de pertencer a um passado distante.
Hugo Meireles
O processo de formação é tanto mais feliz quanto mais as suas diversas fases assumirem o caráter de acontecimentos vividos.
Hugo Hofmannsthal
O progresso roda constantemente sobre duas engrenagens. Faz andar uma coisa esmagando sempre alguém.
Victor Hugo
O que caracteriza as pessoas que exibem exageradamente a sua virtude é que, quanto menos ameaçada está a fortaleza, mais guardas lhe põem.
Victor Hugo
O que é pior do que a união do inutil ao desagradavel?
Diana Alves
O que é terrível na culpa é que ela atribui ao medo, o maior mal que existe no mundo, um enorme direito.
Hugo Hofmannsthal
O passarinho engaiolado
Rubem Alves
Dentro de uma linda gaiola vivia um passarinho. Sua vida era segura e tranqüila. Tranqüilidade e segurança: coisas que todos desejam.
Barco ancorado não naufraga. Avião em hangar não cai.
Para viver em segurança as pessoas constroem gaiolas e passam a viver dentro delas. Dentro das gaiolas não há perigos. Só há monotonia. Todo dia a mesma coisa. Tudo o que acontece todo dia do mesmo jeito é chato. Esse é o preço da segurança: a chatice. Dentro da gaiola não há muito que fazer, seja ela feita com arames de ferro ou com deveres. Os sonhos de aventuras selvagens aparecem, mas, logo que vêem os arames, morrem.
Alguns, malvados, furam os olhos dos pássaros engaiolados. Dizem que pássaro de olho furado canta mais bonito. Talvez, cegos, eles se esqueçam de que estão presos numa gaiola. Mas, mesmo que não estivessem, de que lhes adiantaria ter asas para voar se não têm olhos para ver? Sua cegueira é a sua gaiola. Há muitas pessoas assim: parecem ter olhos normais, parecem ver tudo. Na verdade nada vêem, a não ser o seu mundinho. Sua cegueira é a sua gaiola.
O nosso amigo, passarinho engaiolado, bem se lembrava do dia em que, enganado pelo alpiste tentador, saboroso, entrou no alçapão. Alçapões são assim: têm sempre uma coisa apetitosa dentro. Mas basta que a coisa apetitosa seja bicada para que a porta se feche para sempre, até que a morte a abra...
Na porta da gaiola estava escrita uma frase famosa, de um poeta famoso, dante alighieri:
¿deixai toda a esperança vós que entrais.¿
Mas passarinho não entende nem escrita nem linguagem de gente.
Há um poema famoso, de guerra junqueiro, sobre o melro, pássaro que canta risadas de cristal. Um padre velho e ranzinza tinha raiva do melro. Ele comia as sementes que o padre semeava. Um dia, o padre encontra o ninho do melro num arbusto. Estava cheio de filhotinhos. O padre, para se vingar da mãe, engaiola os filhotinhos. A mãe, vendo seus filhos engaiolados, e sem forças para abrir a portinhola de ferro, traz no seu bico um galho de veneno. "meus filhos, a existência é boa só quando é livre", ela disse. "a liberdade é a lei. Prende-se a asa, mas a alma voa... Ó filhos, voemos pelo azul!... Comei!"
É certo que a mãe do nosso passarinho nunca lera o poema de guerra junqueiro porque, ao ver seu filho engaiolado, lhe disse: "finalmente minhas orações foram respondidas. Você está seguro, pelo resto de sua vida. Nada há a temer. Nenhum gato o comerá. Comida não lhe faltará. Você estará sempre tranqüilo. Se você ficar deprimido, cante. Quem canta seus males espanta. Veja: todos os pássaros engaiolados estão cantando!"
As palavras de sua mãe não o convenceram. Do seu pequeno espaço ele olhava os outros passarinhos. Os bem-te-vis, atrás dos bichinhos; os sanhaços, entrando mamões adentro; os beija-flores, com seu mágico bater de asas; os urubus, em seus vôos tranqüilos na fundura do céu; as rolinhas, arrulhando, fazendo amor; as pombas, voando como flechas.
Ele queria ser como os outros pássaros, livres... Ah! Se aquela maldita porta se abrisse... Isso era tudo o que ele desejava.
Pois não é que, para surpresa sua, um dia o seu dono esqueceu a porta da gaiola aberta? Ele poderia agora realizar todos os seus sonhos. Estava livre, livre, livre! Saiu. Voou para o galho mais próximo. Olhou para baixo. Puxa! Como era alto! Sentiu um pouco de tontura. Estava acostumado com o chão da gaiola, bem pertinho. Teve medo de cair. Agachou-se no galho, para ter mais firmeza.
Viu uma outra árvore mais distante. Teve vontade de ir até lá. Perguntou-se se suas asas agüentariam. Elas não estavam acostumadas. O melhor seria não abusar, logo no primeiro dia. Agarrou-se mais firmemente ainda.
Nesse momento um insetinho passou voando bem na frente do seu bico. Chegara a hora. Esticou o pescoço o mais que pôde, mas o insetinho não era bobo. Sumiu mostrando a língua.
"Ei, você!" - era uma passarinha. "Vamos voar juntos até o quintal do vizinho? Há uma linda pimenteira, carregadinha de pimentas vermelhas. Deliciosas. Só é preciso prestar atenção no gato que anda por lá..." Só o nome "gato" já lhe deu um arrepio. Disse para a passarinha que não gostava de pimentas. A passarinha procurou outro companheiro. Ele preferiu ficar com fome.
Chegou o fim da tarde e, com ele, a tristeza do crepúsculo. A noite se aproximava. Onde iria dormir? Lembrou-se do prego amigo, na parede da cozinha, onde a sua gaiola ficava dependurada. Teve saudades dele. Teria de dormir num galho de árvore, sem proteção. Gatos sobem em árvores? Eles enxergam no escuro? E era preciso não esquecer os gambás. E tinha de pensar nos meninos com os seus estilingues, no dia seguinte. Tremeu de medo. Nunca imaginara que a liberdade fosse tão complicada.
Somente podem gozar a liberdade aqueles que têm coragem.
Ele não tinha. Teve saudades da gaiola. Voltou. Felizmente a porta ainda estava aberta. Entrou. Pulou para o poleiro. Adormeceu agradecido a deus pela felicidade da gaiola. É muito mais simples não ser livre.
Nesse momento chegou o dono. Vendo a porta aberta, disse: "passarinho bobo. Não viu que a porta estava aberta. Deve estar meio cego. Pois passarinho de verdade não fica em gaiola. Gosta mesmo é de voar...¿
(texto de Rubem Alves)
O que mais me entristece é saber que na maioria das vezes sei o que é o certo, mas acabo que faço o errado.
Márcio Alves
O que o desejo faz depende de cada um de nós. E cada um de nós é responsável pelo desejo que criamos.
Laura Andrade Costa
O que temos hoje é fruto do que plantamos ontem; o que teremos no amanhã será fruto do que plantarmos hoje.
Joel Alves Bezerra
O sábio sabe que ignora.
Victor Hugo
O sabor da sua pele é único,
Iris Alves
o toque suave dos seus dedos
proporcionam uma explosão
de sensações inexplicáveis!
Sentindo na mais intensa forma,
na expressão suave do seu rosto
sussurrando palavras em gemidos
quase mudos.
Um calor invade meu corpo
e por um instante volto aos
tempos de infância
sentada a beira mar.
Sua respiração
me embala como brisa
no frio da madrugada
do mês de maio.
Sentindo um calor,
calor gostoso de fim de tarde
silenciando a vida ao redor
no máximo prazer
nas mínimas palavras,
Te amo.
O segredo da vida...é vivê-la.
Hugo Leonardo Simas Mendes
O Ser Humano E Um Animal Que Anda e Fala, e Acha Que E O tal
Erick da Costa e Silva
O silêncio é uma falsa palavra.
Hugo Leonardo Simas Mendes
O sofrimento faz parte de nossa vida.
Hugo Schlesinger
É como o sal da comida.
As quantidades exageradas mudam o sabor e deixam o desgosto.
O solitário é um diminutivo do selvagem, aceite pela civilização.
Victor Hugo