A nossa vida é um verdadeiro combate..
Ana Gabriela de Siqueira Santos
A novela não mostra a realidade, ela te faz pensar que aquilo é a realidade, para criar novos hábitos em pessoas sem personalidade.
Pablo L. N. dos Santos
A ORAÇÃO É BENÉFICA E CONVENIENTE, PORÉM PARA UM CRISTÃO, TAMBÉM É INDISPENSÁVEL UM POUCO DE ESFORÇO, PARA QUE CADA UM DE NÓS SEJA VERDADEIRAMENTE TESTEMUNHO, PRESENÇA E SINAL QUE APONTA PARA DEUS.
Fernando Costa
A OUTRA
Fernando Pessoa
Amamos sempre no que temos
O que não temos quando amamos.
O barco pára, largo os remos
E, um a outro,as mãos nos damos.
A quem dou as mãos?
À Outra.
Teus beijos são de mel de boca,
São os que sempre pensei dar,
E agora a minha boca toca
A boca que eu sonhei beijar.
De quem é a boca?
Da Outra.
O remos já caíram na água,
O barco faz o que a água quer.
Meus braços vingam minha mágoa
No abraço quie enfim podem ter.
Quem abraço?
A Outra.
Bem sei, és bela, és quem desejei..
Não deixe a vida que eu deseje
Mais que o que pode ser teu beijo
E poder ser eu que te beije.
Beijo, e em quem penso?
Na Outra.
Os remos vão perdidos já,
O barco vai e não sei para onde.
Que fresco o teu sorriso está,
Ah, meu amor, e o que ele esconde!
Que é do sorriso
Da Outra?
Ah, talvez, mortos ambos nós,
Num outro rio sem lugar
Em outro barco outra vez sós
Possamos nós recomeçar
Que talvez sejas
A Outra.
Mas não, nem onde essa paisagem
É sob eterna luz eterna
Te acharei mais que alguém na viagem
Que amei com ansiedade terna
Por ser parecida
Com a Outra.
Ah, por ora, idos remos e rumo,
Dá-me as mãos, a boca, o teu ser.
E façamos desta hora um resumo
Do que não poderemos ter.
Nesta hora, a única
Sê a Outra.
A pessoa certa
Luis Fernando Veríssimo
A pessoa faz o que pensa,mas o melhor a fezer é seguir o seu coração que é a liberdade e a dignidade quem tem isso não prescisa de mais nada pq são as unicas coizas importantes que serve para tudo que significa amor e respeito...
thailan santos soares
A PIADA MAIS INTELIGENTE DO MUNDO...
João Batista dos Santos - Rua Amapá - LondrinaPR
demorava em média uma semana para que o leitor mais inteligente conseguisse entendê-la.
A qualquer modo todo escuridão
Fernando Pessoa
Eu sou supremo. Sou o Cristo negro.
O que não crê, nem ama — o que só sabe
O mistério tornado carne.
Há um orgulho atro que me diz
Que Sou Deus inconscienciando-me
Para humano; sou mais real que o mundo,
Por isso odeio-lhe a existência enorme,
O seu amontoar de coisas vistas.
Como um santo devoto
Odeio o mundo, porque o que eu sou
E que não sei sentir que sou, conhece-o
Por não real e não ali.
Por isso odeio-o —
Seja eu o destruidor! Seja eu Deus ira!
A razão é como uma equação
Fernando Anitelli
De matemática... tira a prática
De sermos... um pouco mais de nós!
A renúncia é a libertação. Não querer é poder.
Fernando Pessoa
A PROCURA DA FELICIDADE
Luiz Carlos Rodrigues dos Santos
Andamos sempre a procura da felicidade,
Pedindo a Deus que nos mostre o caminho,
Mas pare um pouco, olhe a sua volta...
Veja aquele pássaro que voa,
A chuva que cai para nos dar a vida,
Aquele jardim com flores multicores,
O Sol que brilha intensamente,
Iluminando nosso dia, e a noite,
A Lua se irradia junto com as estrelas,
Um espetáculo da natureza.
A felicidade está tão perto que não a vemos,
Estamos surdos, mudos e principalmente cegos,
E não percebemos que ela está presente em tudo.
Ela está dentro de nós, basta deixar fluir nossos sentimentos.
Deus nos deu todos os sentidos,
Para usufruirmos desta maravilha que é a vida,
Mas somos tão mesquinhos e não percebemos,
Os mínimos detalhes que temos no dia a dia.
A PROCURA DE DEUS
Luiz Carlos Rodrigues dos Santos
Deus eu te procuro,
Nas linhas dos meus versos,
Nas feridas em mim abertas,
Procuro e não te encontro...
Tu és o Deus dono de tudo,
Por isso eu questiono,
Falo contigo todos os dias,
Por quê eu não te escuto?
Será que não aprendi a rezar?
Ou será que minha cruz,
Ainda tem que pesar?
Não vou deixar de lutar.
Oh! Meu Deus, onde está o Senhor?
Eu preciso lhe encontrar,
Pois me disseram que só o Senhor,
Tem o poder de me curar.
Deus eu te procuro,
Nos lugares onde passo,
Nos quatro cantos do mundo,
Procuro e não te acho.
Na minha incessante procura,
Encontrei um velho sábio, que me deu,
A resposta a minha procura,
E me disse onde encontrar Deus.
-Somos meros pecadores,
Mas não nascemos pra sofrer,
Se passamos por aflições hoje,
São lições que temos que aprender.
-Não precisa ir tão longe, isso cansa,
Pois ele está sempre com você,
No sorriso de uma criança,
Na brisa do amanhecer.
-Se procuras por Deus e não o vê,
Abra teu coração e arranque o ódio,
Que está dentro de você.
Verás que ela está, bem diante dos teus olhos.
Então abri os meus olhos e o vi,
Tão simples e tão nobre,
Ele estava em meu jardim,
E na comida que mata a minha fome...
De amor e fraternidade eu me cobri,
As belezas do mundo eu descobri,
Hoje Deus eu posso ouvir,
Na chuva no telhado, ou no cantar de um Bem-te-vi.
A SAGRADA E O PROFANO
Fernando Só Poemas
Você me desgoverna...
Faço coisas de adolescente e nem me toco com isso; fugindo aos valores que me acompanhavam de há muito...
Você é forte, sensual, dominadora.
Vai comendo pela beirada, sem pressa e com discrição - até encaminhar a presa para o seu matadouro...
A sabedoria da conquista nasceu com você.
Hipnotiza as pessoas em todos os níveis de amizade...
Com o seu jeito de Mãe; com a sua voz de sonata!...
Estou de "boca aberta", pensando no tempo em que cheguei em suas mãos carente e sem rumo, como um náufrago do amor...
E - por sua obra e graça - em pouco tempo, senti-me o comandante do navio.
Mesmo sem navio e sem mar; sem céu e sem porto...
Não me acorde nunca mais desse sonho maior!
Nem permita que outros braços, além dos seus, embalem o meu ideal de ficar ou o meu destino de partir.
Você é a Deusa que havia fugido dos meus projetos de infância, e que voltou agora em forma de fada-mulher:
A Mulher da minha vida!!!
A saudade é um lembrete de quem é realmente importante.
Amanda Santos
a saudade é uma prisão onde as paredes são de vento
josé fernando
A saudade pra mim, é o pior sentimento... Eu não sei por que eu ti amo ou se é que você já faz parte da minha vida, acho que são as duas coisas...
Ricardo Martins santos
A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo mas é claro, certo?
Luis Fernando Veríssimo
A soberba é a parte dianteira da humilhação!
Artur dos Santos Saldanha
A sua companhia tem o significado irrelevante a qualquer riqueza, pois a sua presença é tudo... Tudo que qualquer homem sonha e deseja, estou sentindo muitas saudades, e quem sente saudades ama... A saudade faz sofrer, ela pode ti levar a depressão ou pode ti deixar com uma esperança ou a certeza da pessoa amada voltar.
Ricardo Martins Santos
A única atitude intelectual digna de uma criatura superior é a de uma calma e fria compaixão por tudo quanto não é ele próprio. Não que essa atitude tenha o mínimo cunho de justa e verdadeira; mas é tão invejável que é preciso tê-la.
Fernando Pessoa
A única maneira de teres sensações novas é construíres-te uma alma nova.
Fernando Pessoa
A única vantagem de estudar é gozar o quanto os outros não disseram.
Fernando Pessoa
A verdade do coração fica reprimida quando as palavras dissolvem o ímpeto da realidade.
Fernando Lapolli
A útima crônica
Fernando Sabino
A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.
Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.
Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês.
O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.
São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.
Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso."
A verdade é que a gente não faz filhos. Só faz o layout. Eles mesmos fazem a arte-final.
Luís Fernando Veríssimo