Inabalável!
Ellen Samille C. Borges
Vulcões no Chile
Terremotos na China
Ciclone em Mianmar
E o nosso amor continua
Inabalável!
Furacões no Norte
Tremores no Sul
A América não é mais a mesma...
Mas nossa paixão continua
Inabalável!
Derretem as geleiras
Avançam os oceanos
Quem poderá deter a fúria da natureza?
Mas a distância que nos separa continua
Inabalável!
Fumaça cobrindo a cidade
Chove cinzas,
Chove granizo,
Mas o mesmo céu que nos une continua
Inabalável!
Aquecimento global
Ameaça de extinção
O homem e o animal
Iguais diante da destruição
Depois que tudo acabar
O que irá sobrar?
Só restará o amor
Que é inabalável dentro de nós!
Argentino
Ellen Samille C. Borges
Lembrar de você é tão bom...
Posso até sentir seu cheiro
Aquele arrepio que começa no pescoço
E que percorre meu corpo inteiro
Te olhar é um meigo instante
Onde o tempo pode parar
Nossos beijos misturam desejos
Que só os corpos podem saciar
Mãos que deslizam sutilmente
Na sua pele sinto o meu gozo
A cor morena sede aos apelos
Te dou prazer ao provar do meu gosto
Acordo e vejo que ainda sonho
Você tem a cura para minha dor
Um engenheiro me disse sorrindo
Que o melhor remédio é fazer amor
Aquela noite criou asas
E hoje voa meu pensamento
Trás para perto quem está longe
E aqui sozinha em você me concentro.
Você consegue sentir que me faz bem?
Ellen Samille C. Borges
Não está doendo
Eu já consigo até sorrir
Você não me faz recuar
Quando eu penso em desistir
Eu lembro que cheguei aqui
Por que vim te procurar
E as coisas ficaram mais bonitas
Por que agora as vejo
Através da simplicidade do seu olhar
Você consegue sentir que me faz bem?
Eu tenho que me deixar envolver
Assim como um surfista
Que se deixa levar pelas ondas do mar
As ondas vão e vem
E você precisa dessa liberdade também
E eu não vou te segurar
A gente vai se separar
Mas a minha vida vai continuar a ter outro valor
Pois ela mudou ao te encontrar!
Você consegue sentir que me fez bem?
Eu não sei falar de mim
Ellen Samille C. Borges
Eu não sei falar de mim
Só sei falar do que amo
E do que não amo falo pouco
Amo minha família, amigos, animais...
E por aquele garoto eu ainda não sei o que sinto
Porque ele me faz ficar triste e alegre ao mesmo tempo
Eu não falo sobre ele
Só penso, penso, penso...
Tanto que chego a sentir seu cheiro de praia
Ele me disse pra eu acreditar no amor
Que faz nascer em mim a vontade de escrever poesias
Pra expressar aquilo que é proibido dizer
Eu sei o que preciso
Mas não sei como o consigo
E eu já joguei este jogo antes
Tem coisas que a gente nunca aprende
E cada coração tem seu segredo
Um código secreto que a cada dia vai sendo decifrado
O amor é como a matemática
Todo mundo sabe que existe e convivem com ela
Mas a maioria não a compreende e prefere parar de tentar.
Doçura.
Ellen Samille C. Borges
Eu não suporto imaginar
Que você não vai voltar
E que os dias vão passar
E a saudade aumentar
Mas eu quero te dizer
Que eu espero por você
E que nada vai fazer
Eu te esquecer
De viajar eu sempre gostei
E nelas eu sempre encontrei
Pessoas que admirei
Mas por você me apaixonei
E eu crio poesias
Expressando a alegria
De ter conhecido um dia
A tua anatomia
E a felicidade é saber
Que eu posso te ver
E te dou prazer
Mesmo se tocar em você
Eu te peço minha paixão
Que não alimente ilusão
Que tudo isso não seja em vão
Para não magoar meu coração
Mas se esse sentimento acabar
Eu não vou lamentar
Pois viver é arriscar
E não deixar de sonhar
Saiba que tem onde ficar
Quando minha cidade visitar
Aqui há alguém com quem contar
Uma amiga pra sempre lembrar.
À Brasileira
Ellen Samille C. Borges
Eu quero ser a longa estrada que te trouxe aqui
Ser a alegria brasileira que te faz sorrir
Ser a música que faz seu corpo dançar
Ser o clima quente a te fazer suar
Eu quero ser o sotaque desse povo diferente
Ser as ruas sempre cheias de gente
Ser as festas do verão baiano
Ser a cultura, o sagrado e o profano
Eu quero ser o futebol jogado na areia
Ser o Pelourinho e suas ladeiras
Ser o forró gostoso, o arrasta pé
Ser as lindas praias de Itacaré
Eu quero ser a coxinha pra comer o dia inteiro
Ser a acarajé exalando seu cheiro
Ser a cerveja gelada a te embriagar
Ser a fruta mais doce que você provar
Eu quero ser o sol, as estrelas ou o mar
Ser a paisagem a te acompanhar
Ser a lua iluminando a madrugada
Ser sua mulher, amante ou namorada.
Amigo
Ellen Samille C. Borges
Eu tenho um amigo
Dos tipos coloridos
Que goza comigo
Que se tornou um abrigo
Com um lindo sorriso
Sem sentimentos fingidos
E eu não sinto medo
Pois de manhã cedo
Eu te acordo, meu “nêgo”
E nessa louca aventura
Quando eu quase fico nua
Que seja terno enquanto dura!
E assim o tempo vai passando
Que eu siga te encontrando
Até o fim do ano
E se eu for pro Ceará
Vê se aparece por lá
Pra amizade continuar.