Não há o que lamentar quando chega o fim do dia Se despede da sua dor Diz adeus à sua alegria
Arnaldo Antunes
Não há vivos, há os que morreram e os que esperam a vez.
Carlos Drummond de Andrade
Na infinidade da vida em que estou,
Adaptado de Louise L. Hay
Tudo é perfeito, pleno e completo.
Sou uno com o Poder que me criou
E esse Poder me deu o poder de criar
Minhas próprias circunstâncias.
Regozijo-me no conhecimento de que
Tenho o poder da minha própria mente
Para usar de qualquer forma que eu escolher.
Estou sempre divinamente protegido e guiado.
Estou totalmente receptivo ao fluxo de
Prosperidade que o Universo oferece.
Rejubilo-me com o sucesso dos outros
Sabendo que há muito para todos nós.
Escolho ser saudável e livre.
Aceito a saúde como o estado natural do meu ser.
Cada um de nós, eu inclusive, experimenta a vida de
Maneiras para nós significativas.
Tudo está bem no meu mundo.
NÃO DEIXE O AMOR PASSAR
Carlos Drummond de Andrade
Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.
Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.
Não preciso de modelos
Renato Russo
Não preciso de heróis
Eu tenho meus amigos
Não quero ser o último a comer-te
Carlos Drummond de Andrade
Não quero ser o último a comer-te.
Se em tempo não ousei, agora é tarde.
Nem sopra a flama antiga nem beber-te
aplacaria sede que não arde
em minha boca seca de querer-te,
de desejar-te tanto e sem alarde,
fome que não sofria padecer-te
assim pasto de tantos, e eu covarde
a esperar que limpasses toda a gala
que por teu corpo e alma ainda resvala,
e chegasses, intata, renascida,
para travar comigo a luta extrema
que fizesse de toda a nossa vida
um chamejante, universal poema.
Carlos Drummond de Andrade
Não sei se existe esse manual do amor,
Renato Lima Rubio (Renatus)
o que posso dizer é que a vida ensina muitas coisas, dentre elas amar.
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Carlos Drummond de Andrade
Também não cantarei o meu futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles,considero a enorme realidade.
O presente é tão grande,não nos afastemos.
Não nos afastemos muito,vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher,de uma história,
não direi suspiros ao anoitecer,a paisagem vista da janela,não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicidas,não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é minha matéria,o tempo presente,os homens presentes,a vida presente.
Não tenho limites nem preconceitos,
Franklin Antunes de sa santos
Faço o que quero e vou onde preciso!
Não ira me diminuir com seu sorriso,
Apenas aumentara minha descrença
Na humanidade!
Os deuses cheios de defeitos nos moldaram
Eu conheço a historia, e conheço os porquês das
Tuas atitudes e também das minhas!
Eu me aceito assim! Cheio de defeitos,me reservo o direito de voltar atras em qualquer dicisao, e sempre que for necessario mudarei de caminho...
E caso você não me aceite,
Tenha certeza!
VAI TER QUE ME ATURAR...
Não tento dar uma explicação a todo mundo, mas sim hà aqueles que buscam ouvi-las.
Renato Bedani
Necessitamos sempre de ambicionar alguma coisa que, alcançada, não nos torna sem ambição.
Carlos Drummond de Andrade
Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.
Carlos Drummond de Andrade
No corpo feminino, esse retiro
Carlos Drummond de Andrade
No corpo feminino, esse retiro
— a doce bunda — é ainda o que prefiro.
A ela, meu mais íntimo suspiro,
pois tanto mais a apalpo quanto a miro.
Que tanto mais a quero, se me firo
em unhas protestantes, e respiro
a brisa dos planetas, no seu giro
lento, violento... Então, se ponho e tiro
a mão em concha — a mão, sábio papiro,
iluminando o gozo, qual lampiro,
ou se, dessedentado, já me estiro,
me penso, me restauro, me confiro,
o sentimento da morte eis que o adquiro:
de rola, a bunda torna-se vampiro.
No dia em que um cristão acreditar na existencia humana pelo estudo da ciencia é provavel que quando morrer sua alma divida espaço no ceu com a dos macacos
renato bedani
No mármore de tua bunda
Carlos Drummond de Andrade
No mármore de tua bunda gravei o meu epitáfio.
Agora que nos separamos, minha morte já não me pertence.
Tu a levaste contigo.
No meio do caminho
Carlos Drummond de Andrade
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
Carlos Drummond de Andrade
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra ...
No pequeno museu sentimental
Carlos Drummond de Andrade
No pequeno museu sentimental
os fios de cabelo religados
por laços mínimos de fita
são tudo que dos montes hoje resta,
visitados por mim, montes de Vênus.
Apalpo, acaricio a flora negra,
a negra continua, nesse branco
total do tempo extinto
em que eu, pastor felante, apascentava
caracóis perfumados, anéis negros,
cobrinhas passionais, junto do espelho
que com elas rimava, num clarão.
Os movimentos vivos no pretérito
enroscam-se nos fios que me falam
de perdidos arquejos renascentes
em beijos que da boca deslizavam
para o abismo de flores e resinas.
Vou beijando a memória desses beijos.
NORMAL
Renato Alexandre dos Santos Freitas
Por mais avançado que seja, não consigo compreender o que é que se entende por NORMAL.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
Carlos Drummond de Andrade
mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor?
Carlos Drummond de Andrade
O certo seria a gente não sofrer; apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor (e não conhecemos), por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos (e não tivemos), por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade interrompida.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir o cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias, se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é Opcional.
NOTA SOCIAL
Carlos Drummond De Andrade
O poeta chega na estação.
O poeta desembarca.
O poeta toma um auto.
O poeta vai para o hotel.
E enquanto ele faz isso
como qualquer homem da terra,
uma ovação o persegue
feito vaia.
Bandeirolas
abrem alas.
Bandas de música. Foguetes.
Discursos. Povo de chapéu de palha.
Máquinas fotográficas assestadas.
Automóveis imóveis.
Bravos...
O poeta está melancólico.
Numa árvore do passeio público
(melhoramento da atual administração)
árvore gorda, prisioneira
de anúncios coloridos,
árvore banal, árvore que ninguém vê
canta uma cigarra.
Canta uma cigarra que ninguém ouve
um hino que ninguém aplaude.
Canta, no sol danado.
O poeta entra no elevador
o poeta sobe
o poeta fecha-se no quarto.
O poeta está melancólico.
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Renato Russo
acreditar nos sonhos que se têem
ou que os seus planos nunca vão dar certo
ou que você nunca vais ser alguém...
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar no sonho que se tem.
Renato Russo
Nunca mais vou pensar em você, nunca mais. Tanto faz um a mais entre tantos finais.
Arnaldo Antunes